Juiz manda libertar últimos presos temporários da Operação Carne Fraca

  • Por Agencia Brasil
  • 26/03/2017 16h01
SP - EXPORTAÇÃO/CARNE/BARREIRAS - ECONOMIA - Venda de carnes em açougue da capital paulista, neste domingo, 26. Apenas uma semana após a deflagração da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, o setor de carnes contabiliza perdas de mais de US $ 130 milhões. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ligada aos setores de aves e suínos, estima uma perda com exportações de US$ 40 milhões até a sexta-feira. Já o setor de carne bovina, representado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), embora não tenha um número fechado, estima que pelo menos US$ 96 milhões em produtos prontos para a exportação estejam parados no Porto de Santos (SP), impedidas de seguir para o exterior. 26/03/2017 - Foto: CRIS FAGA/FOX PRESS PHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO CRIS FAGA/FOX PRESS PHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO Carne - AE

O juiz federal Marcos Josegrei da Silva determinou a soltura dos três presos na Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. A decisão do juiz, que é responsável pela operação, foi tomada no sábado (25). Ele determinou a soltura de Rafael Nojiri Gonçalves, Antônio Garcez da Luz e Brandízio Dario Júnior.

Os três eram os últimos que ainda estavam presos temporariamente, uma vez que o magistrado havia prorrogado a custódia deles por mais cinco dias. No dia 22, o juiz já havia determinada a liberação de outros oito presos temporários.

Ainda estão presas preventivamente 25 pessoas, que não têm prazo para deixar a prisão. Também há um empresário considerado foragido, Nilson Alves Ribeiro.

Deflagrada pela Polícia Federal (PF), no último dia 17, a Operação Carne Fraca apura corrupção na Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Paraná (SFA/PR) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No rol de empresas investigadas pela Polícia Federal estão a JBS, dona das marcas Seara e da Big Frango; a BRF, controladora da Sadia e da Perdigão; e os frigoríficos Larissa, Peccin e Souza Ramos.

A PF investiga o pagamento de propinas a fiscais federais agropecuários e agentes de inspeção em razão da comercialização de certificados sanitários e aproveitamento de carne estragada para produção de gêneros alimentícios.

Segundo a PF, os fiscais investigados na operação recebiam propina das empresas para emitir certificados sanitários sem fiscalização efetiva da carne e que o esquema permitia que produtos com prazo de validade vencido e com composição adulterada chegassem a ser comercializados. De acordo com a operação, eram usadas substâncias para “maquiar” a carne vencida.

Ao todo, foram expedidos 27 mandados judiciais de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão. Ao todo, 21 frigoríficos são investigados na operação. Além disso, o Ministério da Agricultura afastou 33 fiscais de suas atividades.

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