Justiça condena ex-gerente dos Correios por fraude no plano de saúde da empresa

  • Por Agência Brasil
  • 06/07/2015 18h11
SP - CORREIOS/GREVE - ECONOMIA - Central de Distribuição dos Correios em São José dos Campos (SP), nesta quinta-feira. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) realiza hoje, às 9h30, audiência de conciliação entre os correios e os funcionários que entraram em greve no último dia 16. A empresa alega que os grevistas não estão cumprindo a determinação para que seja mantido o mínimo de 30% do efetivo nas unidades durante o período de greve e passou a informar s procuradorias regionais do Trabalho o descumprimento da ordem judicial para que seja aplicada multa de R$ 50 mil por dia, por unidade, aos sindicatos. 24/09/2009 - Foto: LUCAS LACAZ RUIZ/AE/AE LUCAS LACAZ RUIZ/AE/AE Central de Distribuição dos Correios em São José dos Campos (SP) continua em greve

O ex-gerente de Saúde dos Correios Marcos da Silva Esteves foi condenado pela Justiça Federal a 11 anos e quatro meses de prisão e ao pagamento de R$ 1,2 milhão pelos prejuízos causados à estatal. O réu foi condenado por crime de peculato e extravio de documentos em um esquema de fraude no plano de saúde da empresa.

O golpe foi descoberto e desarticulado em 2013, durante a Operação Titanium, deflagrada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF). O desfalque, segundo o MPF, foi superior a R$ 7 milhões.

O procurador da República Sérgio Luiz Pinel Dias, responsável pelo processo, defendeu que o ex-gerente seja condenado a penas maiores, mas referendou a sentença, de acordo com informações divulgadas hoje (6) pelo MPF.

“Os fatos apurados ao longo da Operação Titanium são gravíssimos, e essa primeira condenação, em que todos os crimes imputados pelo Ministério Público Federal foram confirmados pelo juízo federal, é um passo importante para a punição dos envolvidos”, declarou o procurador, em nota.

O esquema criminoso causou prejuízo aos cofres da estatal entre agosto de 2011 e abril de 2013. Conforme denúncia apresentada pelo MPF, eram negociados privilégios para hospitais no Rio de Janeiro, com o aval do ex-gerente de Saúde da estatal e outros funcionários que também fazem parte da denúncia. Era permitida a antecipação de pagamentos para hospitais em troca de propina e os estabelecimentos de saúde passavam a fazer parte de uma “lista de prioridades”.

O advogado Biagio Panza, que defende Marcos Esteves, informou que não iria se pronunciar sobre a decisão até ter acesso à sentença, que ainda não teria sido publicada. Ele adiantou, porém, que deverá recorrer da decisão.

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