Na ONU, Temer fala aos brasileiros e exalta reformas: “estamos resgatando o equilíbrio fiscal”

  • Por Jovem Pan
  • 19/09/2017 11h44 - Atualizado em 19/09/2017 11h49
EFE Sobre as reformas, Temer afirmou que o Brasil atravessa um momento de transformações decisivas

Em seu discurso de abertura na Assembleia Geral da ONU, o presidente Michel Temer tratou de redução do desmatamento na Amazônia, reformas, os testes nucleares na Coreia do Norte, além do comércio internacional.

Sobre as reformas, Temer afirmou que o Brasil atravessa um momento de transformações decisivas. “Com reformas estruturais, estamos superando uma crise econômica sem precedentes. Estamos resgatando o equilíbrio fiscal. E, com ele, a credibilidade da economia. Voltamos a gerar empregos. Recobramos a capacidade do Estado de levar adiante políticas sociais indispensáveis em um país como o nosso”.

O peemedebista ressaltou ainda a importância da responsabilidade fiscal, chamada por ele de “regra elementar”.

“O novo Brasil que está surgindo das reformas é um país mais aberto ao mundo”, disse.

Assunto polêmico nas últimas semanas, a questão da Amazônia foi abordada por Temer em seu discurso de abertura. “O Brasil orgulha-se de ter a maior cobertura de florestas tropicais do planeta. O desmatamento é questão que nos preocupa, especialmente na Amazônia. Nessa questão temos concentrado atenção e recursos. Pois trago a boa notícia de que os primeiros dados disponíveis para o último ano já indicam diminuição de mais de 20% do desmatamento naquela região. Retomamos o bom caminho e nesse caminho persistiremos”, garantiu.

O presidente brasileiro afirmou ainda que o Governo está preocupado com o desmatamento, especialmente na região. A afirmativa vem após as acusações, por parte de ONGs e ambientalistas, de o Governo ceder a interesses comerciais em detrimento do meio ambiente com a publicação da extinção da Renca (Reserva Nacional do Cobre e Associados).

Já no que tange à preocupação mundial, Temer falou sobre a Coreia do Norte e seus testes nucleares. “Nenhum de nós pode estar indiferente”, disse. “É urgente definir encaminhamento pacífico para situação cujas consequências são imponderáveis”, completou.

Quando abordou o assunto da economia no comércio internacional, Temer defendeu o sistema aberto e baseado em regras. Em agosto deste ano, a Organização Mundial do Comércio pediu que o Brasil retirasse, em 90 dias, subsídios industriais após queixas de Japão e União Europeia contra incentivos do Governo e setores industriais nacionais.

Segundo a OMC, as regras internacionais eram inconsistentes. Foram sete medidas adotadas – em maior parte no Governo Dilma Rousseff e, mais tarde, mantidas no Governo atual.

Sobre a Venezuela e a crise vivida no país vizinho, Temer mandou um recado e disse não existir mais lugar “para alternativas à democracia”. O presidente destacou ainda a deterioração dos direitos humanos e afirmou que o Brasil “está ao lado do povo venezuelano”, e que temos recebido “milhares de migrantes e refugiados da Venezuela”.

Antes de Michel temer falaram na ONU o secretário-geral, António Guterres, e o presidente da Assembleia Geral, Miroslav Lajcák.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.