PF desarticula maior quadrilha de traficantes de drogas sintéticas do país

  • Por Agencia Brasil
  • 27/08/2015 10h41
Curitiba, PR, 04.08.2015: OPERAÇÃO-LAVA-JATO - Chegada de José Dirceu na sede da Polícia Federal em Curitiba na tarde desta terça-feira (4). (Foto: Gel Lima/Código19/Folhapress) Gel Lima/Código19/Folhapress Apreensão drogas Polícia federal

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (27) a Operação Quinto Elemento, para desarticular uma quadrilha especializada no tráfico de drogas sintéticas. O grupo, segundo a corporação, atua em Goiás, mas tem colaboradores em diversos estados do país.

Cerca de 400 policiais federais cumprem 145 mandados judiciais em Goiás, em São Paulo, no Paraná, no Tocantins, na Bahia, em Minas Gerais e no Distrito Federal. São 30 mandados de prisão temporária, oito de prisão preventiva, 40 de condução coercitiva, 55 de busca e apreensão e 12 sequestros de bens imóveis, incluindo um prédio residencial de 20 apartamentos.

De acordo com nota da PF, a quadrilha se utilizava de empresas regularizadas para a aquisição de produtos químicos usados para sintetizar os mais variados tipos de droga – desde anfetaminas até cocaína.

“A grande quantidade de produtos químicos adquiridos chamou a atenção dos investigadores, que constataram um esquema econômico organizado para o tráfico, com a participação de farmácias, laboratórios e vendedores, que se utilizavam de veículos de luxo para comercializar a mercadoria ilegal”, destacou o comunicado.

Ainda segundo a PF, durante as investigações foram desmontados oito laboratórios sendo que, em apenas um deles, foram apreendidos cerca de 630 mil comprimidos conhecidos comoecstasy do Paraguai, também usados como rebite, prontos para o consumo. O volume é superior à quantidade apreendida pela corporação durante todo o ano de 2015.

Outro laboratório foi surpreendido produzindo aproximadamente 800 mil comprimidos. As investigações apontam que, em oito meses, um dos laboratórios gerenciados pela organização movimentou cerca de R$ 240 milhões.

“Todos os envolvidos responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, falsidade ideológica e tráfico de produtos químicos para a produção de drogas”, informou a nota.

O nome de batismo da operação faz referência ao éter, que era considerado por alquimistas como o quinto elemento e está relacionado à quantidade da substância encontrada no primeiro laboratório investigado.

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