Cadeia do RN onde 26 foram mortos registra novo princípio de tumulto

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 16/01/2017 13h11
Reprodução Presos sobem no teto de presídio de Alcaçuz

A administração da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal, registrou um princípio de tumulto na noite deste domingo (15). A unidade é a mesma em que aconteceu o massacre durante uma rebelião no sábado (14), quando 26 detentos foram assassinados.

De acordo com o vice-diretor da penitenciária, Jociélio Barbosa, presos do Pavilhão 1, ligados à facção Sindicato do Crime do RN (SDC), subiram no telhado e ameaçavam os detentos do Pavilhão 5, vinculados ao Primeiro Comando da Capital.

Os presidiários da Penitenciária de Alcaçuz estão fora das celas e, portanto, sobem e descem nos telhados dos pavilhões e circulam nas áreas comuns. “Os agentes agiram e conseguiram conter o tumulto”, afirmou Barbosa.

O secretario de Justiça e Cidadania, Wallber Virgolino, afirmou, em entrevista coletiva neste domingo, 15, que os presos das organizações criminosas rivais estão separados dentro da penitenciária a uma distância segura e que a guarda da unidade realiza um trabalho contínuo para evitar o contato entre eles.

A unidade foi palco no fim de semana do maior massacre do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. Vinte e seis homens foram mortos, todos da facção local Sindicato do Crime do RN. Desde então, aumentou a tensão em todos os estabelecimentos penais do Estado.

A disputa entre as organizações criminosas é preocupação das autoridades locais. Entre os mortos, havia corpos carbonizados e decapitados.

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