Lava Jato apresenta duas novas denúncias nesta quinta-feira

  • Por Estadão Conteúdo
  • 28/04/2016 13h04
PR - LAVA JATO/22ª FASE/PR - POLÍTICA - E/D: Igor Romário de Paula, delegado de Crimes Econômicos e Ordem Fiscal; Rosalvo Ferreira Santos, superintendente regional da Polícia Federal; e Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador do Ministério Público Federal, durante coletiva de imprensa na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, nesta quarta- feira, 27. Foi deflagrada hoje a 22ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Triplo X. A polícia tem 23 mandados judiciais para cumprir, sendo seis de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva. Em São Paulo, a ação ocorre na capital, em Santo André e São Bernardo do Campo e, em Santa Catarina, em Joaçaba. 27/01/2016 - Foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO Geraldo Bubniak/Estadão Conteúdo Coletiva sobre 22ª fase da Operação Lava Jato (Estadão Conteúdo)

A força-tarefa da Lava Jato vai apresentar, nesta quinta-feira (28), mais duas novas denúncias contra investigados sobre corrupção na Petrobras e que avançou para outras áreas do governo federal. Os procuradores da República em Curitiba, responsáveis pela investigação, em primeira instância, estão concluindo, nesta manhã, as acusações que devem ser protocoladas à tarde, na 13ª Vara Federal de Curitiba, do juiz Sérgio Moro.

Até o momento ainda não há informações sobre quem e quantos serão denunciados. A previsão é de que as denúncias sejam apresentadas à imprensa às 14h desta quinta, na sede da Procuradoria da República no Paraná, em Curitiba. Serão as primeiras acusações formais desde que a Lava Jato avançou sobre o “departamento de propinas” da Odebrecht e sobre o ex-senador Gim Argello (PTB), preso preventivamente sob suspeita de receber R$ 5,3 milhões para evitar a convocação de empreiteiros nas CPIs que investigaram a Petrobras no Senado e no Congresso em 2014.

Até hoje a operação já apresentou 37 denúncias contra 179 pessoas acusadas de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa, tráfico de drogas, crimes contra o sistema financeiro, dentre outros. Das 37 acusações, o juiz Sérgio Moro já proferiu sentença em 18 ações penais, contabilizando 93 condenações cujas penas somadas chegam a 990 anos e sete meses de prisão.

Os investigadores apontaram o pagamento de R$ 6,4 bilhões em propinas, dos quais, ao menos, R$ 2,9 bilhões já foram recuperados por meio de acordos de colaboração premiada. Ao todo, segundo o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, já são 65 acordos de colaboração firmados no âmbito da operação, a maior da história do País.

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