PF abre Rota 26 contra desvio de dinheiro em obras de estradas no Tocantins

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/04/2017 10h50

A PF apurou que a Polícia Legislativa fez varreduras em busca de grampos em endereços particulares de senadores para encontrar escutas ambientais e grampos telefônicos

Andre Gustavo Stumpf/Flickr Polícia Senado Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (3), em parceria com o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) a Operação Rota 26, para desarticular uma organização criminosa, formada por servidores do Incra, empresários e ex-prefeitos que teria desviado recursos públicos de obras de implantação e recuperação de estradas vicinais em projetos de assentamento de municípios do Tocantins. O prejuízo estimado é de cerca de R$ 1,5 milhão.

As apurações dos dois órgãos constataram irregularidades como: deficiência na elaboração de projetos de engenharia, impropriedades no acompanhamento e fiscalização de obras, sobreposição de projetos para um mesmo trecho, serviços não executados e pagos e obras executadas fora da área dos assentamentos ou fora da área de acessos a estes. 

Os projetos eram executados e fiscalizados pela Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Estado (Incra/TO). Segundo a PF, teriam sido investidos R$ 4,2 milhões nas obras.

Ao todo, participam da operação cerca de 90 pessoas, entre policiais federais e auditores da CGU. Estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e 18 de condução coercitiva.

O nome da operação – Rota 26 – é uma alusão à lendária estrada americana que foi desativada em razão do surgimento de estradas mais modernas. O número 26 é mencionado para identificar a Superintendência Regional do Incra no Estado do Tocantins (SR-26).

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