Sindicato de fiscais agropecuários divulga nota em apoio à operação Carne Fraca

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/03/2017 12h03
Rio de Janeiro - A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta manhã os trabalhos da 30ª fase da Operação Lava Jato, a operação Vício. Na foto carros da Polícia Federal chegam com malotes e computadores na sede da polícia, região portuária do Rio (Tânia Rêgo/Agência Brasil) Tânia Rêgo/Agência Brasil Polícia Federal - AGBR

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) informou na manhã desta sexta-feira (17), por meio de nota, que apoia a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal (PF). A entidade reforçou que a denúncia partiu dela própria e que consta de processo administrativo que tramita no Ministério da Agricultura desde 2010. “O Anffa Sindical entende que a operação está alinhada aos objetivos de auditores fiscais federais agropecuários no sentido de aprimorar a inspeção de produtos de origem animal no Brasil”, diz o texto.

No comunicado, o Anffa Sindical afirmou ainda “que vai continuar trabalhando para que cargos de chefia sejam ocupados por servidores públicos selecionados por meio de processos meritocráticos”. “Ou seja, por competência técnica, contribuindo para o fim de influências políticas.”

O presidente do Anffa Sindical, Maurício Porto, ressaltou no site da entidade que a categoria se orienta “pela ética e legalidade”. “Não concordamos com desvio de conduta, sobretudo quando se trata de assuntos de segurança alimentar da população”

Deflagrada no início da manhã desta sexta, a Operação Carne Fraca envolve aproximadamente 1.100 policiais federais, que cumpriram 309 mandados judiciais, dos quais 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas ao grupo criminoso.

Segundo a PF, os agentes públicos, utilizando-se do poder fiscalizatório do cargo, mediante pagamento de propina, atuavam para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva. Executivos de importantes companhias do setor, como JBS e BRF, estão entre os envolvidos.

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