Alckmin recebe apoio do PTB para disputa em 2018

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/03/2017 09h47
São Paulo - O governador Geraldo Alckmin fala sobre acordos de cooperação técnica para as ações de segurança e defesa nacional durante as Olimpíadas e passagem da tocha olímpica pelo estado de São Paulo (Rovena Rosa/Agência Brasil) Rovena Rosa/Agência Brasil Geraldo Alckmin

Único pré-candidato ao Palácio do Planalto da base governista que já está se movimentando abertamente para 2018, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu o reforço do PTB em seu “palanque”. 

Doze anos após ter o mandato cassado por sua participação no mensalão, do qual foi delator, o ex-deputado Roberto Jefferson (RJ), presidente nacional do PTB, e o secretário-geral da legenda, deputado Campos Machado (SP), disseram à reportagem que a questão está fechada no partido. 

Jefferson vai mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo, por onde disputará uma vaga de deputado federal no ano que vem. O PTB tem 25 deputados federais e dois senadores. 

“A nossa aposta é no Geraldo. É um homem que conhece gestão e sabe administrar crises”, afirmou Jefferson. Questionado sobre a possibilidade de o prefeito João Doria ser o candidato tucano, Campos Machado foi categórico. “Nós só temos um candidato (a presidente), que é o Geraldo Alckmin. Se não for ele, lançaremos um nome do PTB na disputa”, disse o deputado estadual. 

Jefferson contou, ainda, que tem levado parlamentares petebistas de todos os Estados para encontros com o governador e que Alckmin é a “primeira opção” para concorrer pelo partido caso não se viabilize no PSDB. 

“Eu, que sou secretário-geral do PTB, já estou aqui. Agora vem o presidente do partido. Mas o movimento é nacional. Já levei ao Palácio dos Bandeirantes deputados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Piauí e até o (senador) Armando Monteiro (PE). Estamos afinados com o Brasil inteiro”, disse Machado.

Em São Paulo, o PTB já é um aliado antigo do PSDB, que governa o Estado há 20 anos. 

Ofensiva

O posicionamento público do PTB ocorre no momento que o prefeito da capital, João Doria, é apontado por aliados como potencial candidato tucano à Presidência caso as delações da Lava Jato prejudiquem os projetos presidenciais dos senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e de Alckmin. 

O Movimento Brasil Livre (MBL), um dos grupos que lideraram as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, anunciou publicamente que apoia a candidatura presidencial do prefeito, que tem negado a intenção de concorrer.

Antes do PTB, o PSB, que tem sete senadores, três governadores, 33 deputados federais e o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, sinalizou que aceita lançar Alckmin à Presidência caso o PSDB bloqueie essa possibilidade. Atual secretário de Finanças do diretório nacional e presidente da legenda em São Paulo, o vice-governador Márcio França espera assumir a presidência do PSB para pavimentar o apoio dos pessebistas ao projeto do tucano. 

Outra sigla que já está na órbita do governador é o PV. O presidente nacional do partido, José Luiz Pena, é um aliado antigo do tucano e indicou aliados para cargos no governo.

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