Caiado compara Dilma a um presidiário: “culpado é o sistema, e não ele”

  • Por Jovem Pan
  • 30/08/2016 17h19
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Em pronunciamento, senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado Waldemir Barreto/Agência Senado Ronaldo Caiado - Agência Senado

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) comparou, em entrevista ao repórter Marcelo Mattos, a atitude da presidente afastada Dilma Rousseff no depoimento prestado na última segunda-feira (29) com a de um presidiário. “Você nunca foi a um presídio que você conversasse com um presidiário que dissesse que ele era culpado. Sempre o culpado é o sistema ou algum fato ou outro e não ele”, disparou o senador.

Caiado considerou ainda uma “ousadia” a atitude de Dilma Rousseff de ser “juíza de juízes”, além de criticar as “não respostas” dela na sessão da última segunda-feira. Durante o depoimento, a petista disse que os senadores estariam cometendo um crime caso condenassem ela no julgamento do impeachment.

“Nós vimos ontem um tempo enorme perdido para as perguntas que eram feitas e não respondidas. Nós vimos uma atitude não protocolada da presidente da República de querer criminalizar o Senado, caso fosse condenada. (…) Primeiro ela chega com a ousadia de dizer que…ela se posa de “juíza de juízes”. “Olha, se vocês me condenarem, vocês estão comentendo um crime””, afirmou o senador.

O parlamentar repetiu o discurso de que o impeachment já se trata de “matéria vencida”, mas disse não acreditar em 60 votos para afastar definitivamente Dilma Rousseff. De acordo com Caiado, é esperado que os defensores da petista entrem com questões de ordem e tentem uma procrastinação do resultado, além de buscarem inverter os fatos.

“É um jogo muito mais de cena pra tentar criar um discurso e inverter os fatos. (…) A partir de amanhã é lógico que eles vão entrar com várias questões de ordem, tentando procrastinar o máximo, tentando apresentar destaque sobre a matéria a ser votada. Depois vão querer discutir também se a pena é inelegibilidade e inabilitação”, contou o senador, explicando que a defesa vai querer separar as duas punições, sendo que a Constituição não dá o direito ao Senado Federal de fazer tal dosimetria.

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