Caso de propinas da Odebrecht no Peru pode envolver até cem pessoas

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/01/2017 09h22
LIM01. LIMA (PERÚ), 03/01/2017.- Fotografía del edificio de Odebrecht hoy, martes 3 de enero de 2017, en el distrito San Isidro de Lima (Perú). El pasado miércoles el Departamento de Justicia de Estados Unidos publicó un informe en el que señaló que Odebrecht y algunas de sus filiales pagaron aproximadamente 788 millones de dólares en sobornos en 12 países, incluido Brasil, para obtener contratos públicos. EFE/Germán Falcón EFE/Germán Falcón EFE - Fachada do prédio da Odebrecht em Lima

O caso envolvendo o pagamento de propina pela Odebrecht a funcionários peruanos em troca de contratos milionários de obras públicas pode envolver cerca de cem pessoas, segundo informou no domingo o presidente do Poder Judiciário do país, Duberlí Rodríguez.

Rodríguez afirmou que o processo será um quebra-cabeças, cujas peças deverão ser juntadas pela promotoria. Ele afirmou ainda que o processo já chegou à Justiça e se transformou em processo penal após o promotor anticorrupção, Hamilton Castro, pedir a primeira prisão preventiva no caso.

Castro pediu 18 meses de detenção para Edwin Luyo, preso na sexta-feira (20), em Lima sob acusação de ter cobrado subornos quando era membro do comitê de licitação da Linha 1 do Metrô de Lima, vencida em 2009 pela Odebrecht por US$ 410 milhões. O juiz designado para o caso é Richard Concepción Carhuancho, titular do primeiro Juizado de Investigação Preparatória.

Acordo

Como parte de um acordo firmado com autoridades do Brasil, da Suíça e dos Estados Unidos, a Odebrecht admitiu ter investido cerca de US$ 800 milhões em subornos para ganhar licitações em 12 países. No Peru, o montante foi de US$ 29 milhões desde 1998

No começo do mês, a empreiteira firmou um acordo com o Peru pelo qual se compromete a colaborar com as investigações de corrupção no governo local e a pagar um adiantamento de US$ 9 milhões (cerca de R$ 29 milhões) pelos ganhos ilícitos que obteve no país.

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