Dilma não governa mais e vê poder se esvair, diz Aécio

  • Por Reuters
  • 05/07/2015 18h57
Legenda: BRASÍLIA, DF, 11.03.2015: REUNIÃO PSDB/DF - Reunião da executiva do PSDB presidida pelo senador Aécio Neves (MG), ao lado de Cássio Cunha Lima (e) e Carlos Sampaio, na sede do partido, em Brasília, nesta quarta-feira. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress) Sérgio Lima/Folhapress Aécio Neves não descarta participar de manifestação

A presidente Dilma Rousseff está vendo seu poder se esvair a cada dia e não governa mais, afirmou o senador tucano Aécio Neves (MG) neste domingo, durante convenção que o reconduziu à liderança do PSDB por mais dois anos.

“Devido a seus erros crassos e frequentes, a presidente não governa mais. Ela vê, a cada dia, o seu poder se esvair. A presidente perdeu o controle da máquina administrativa e da agenda do Brasil”, afirmou Aécio em discurso durante convenção que o reconduziu ao comando do PSDB com 99,34 por cento dos votos.

“O que temos em marcha é um ajuste sem reformas. E ajuste sem reformas não pode ter outro nome senão arrocho”, disse o tucano, derrotado por Dilma na disputa presidencial do ano passado, comentando sobre o pacote ajuste fiscal que atingiu diversas áreas incluindo o fundo Fies, de financiamento estudantil, uma das vitrines do PT.

“O ajuste fiscal de péssima qualidade, baseado no aumento de impostos, corte de investimentos e restrições nos benefícios sociais, não resolverá a crise e tampouco as contradições do modelo”, disse Aécio.

Nesta semana, pesquisa CNI/Ibope revelou que a rejeição à Dilma aumentou ainda mais no fim de junho, derrubando a avaliação ótima/boa de seu governo para um dígito, arrastada pelo quadro econômico e político, no pior resultado desde o ex-presidente José Sarney no final de 1989.

Presidente de honra do PSDB, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso afirmou durante a convenção que o Brasil vive um cenário de “acumulação de crises” e que a saída para que o país volte a crescer está na união do povo ao redor das forças oposicionistas.

“Raramente vi um momento como o atual: uma acumulação de crises e paralisação do Executivo”, disse FHC, segundo comunicado do PSDB. O ex-presidente acrescentou que confia no papel da oposição e pediu ainda mais “respeito à Constituição”.

A convenção do PSDB reuniu mais de 3 mil militantes e também definiu os nomes dos outros integrantes da Executiva Nacional do partido. Os vice-presidentes do partido serão o ex-governador Alberto Goldman (SP), os senadores Aloysio Nunes (SP), Flexa Ribeiro (PA), e Tasso Jereissati (CE) e os deputados federais Bruno Araújo (PE), Giuseppe Vecci (GO) e Mariana Carvalho (RO).

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