Dono da JBS negociava propina para o PT com Mantega, diz jornal

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/05/2017 23h21
Ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante coletiva sobre previsao do FMI (Fabio Rodrigues Pozzebom /Agência Brasil) Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Guido mantega - AGBR

Em delação premiada, o empresário Joesley Batista relatou que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega (Governos Lula e Dilma) era o elo entre o grupo JBS e o PT. Segundo o executivo, Mantega “intermediava” os repasses de propinas do grupo a parlamentares petistas.

As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (17), pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Joesley gravou Temer dando aval para “compra do silêncio” do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

Em reunião na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu, Temer teria sido informado pelo empresário sobre mesada milionária ao ex-deputado – preso desde outubro na prisão da Lava Jato e condenado a 15 anos e quatro meses por corrupção e lavagem de dinheiro.

Os delatores alegaram que Mantega era responsável por mediar junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aportes feitos ao Grupo J&F. O acordo de colaboração especifica que o ex-ministro pegava o dinheiro para o PT, e não para uso pessoal.

Joesley afirmou, segundo o Globo, aos procuradores da força-tarefa, ter se reunido com Luciano Coutinho, então presidente do BNDES. Ele diz ter percebido que Mantega “falava antes com o presidente do BNDES sobre assuntos importantes à JBS”.

Defesa

Procurada, a assessoria de imprensa da JBS disse que “não tem qualquer informação sobre as notícias publicadas há pouco pelo jornal O Globo”.

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