Doria: “Sem apoio do PSDB, governabilidade de Temer deixa de existir”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/06/2017 20h01
SP - DORIA/TERMOS QUITAÇÃO CONJUNTO HABITACIONAL JOSÉ BONIFÁCIO - GERAL - Prefeito João Dória durante entrega de 1.528 termos de quitação para mutuários do Conjunto Habitacional José Bonifácio, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo (SP), neste sábado (24). Os documentos permitem que os moradores de apartamentos do Conjunto Habitacional José Bonifácio possam requerer a escritura definitiva dos imóveis em cartório. 24/06/2017 - Foto: PETER LEONE/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO PETER LEONE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Para João Doria

O prefeito de São Paulo, João Doria, afirmou que o apoio do PSDB ao governo não é ao presidente Michel Temer, mas ao Brasil. “Sem o apoio do PSDB, a governabilidade deixa de existir, isto é um fato, a solidez fica comprometida”, disse, após palestra em evento da XP Investimentos, na tarde deste sábado.

“Não é a defesa intransigente, permanente, infinita do governo Temer. É a defesa do Brasil, da governabilidade”, justificou. O PSDB é um partido que dá “solidez e sustentação” ao governo, completou o prefeito. 

Doria afirmou que está alinhado com o que pensa o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de que é preciso manter a estabilidade do País, especialmente em um momento em que a economia começa a melhorar. Caso tenha “fato grave”, este apoio pode ser reavaliado. Mais cedo, durante evento em Barueri, Doria disse a jornalistas que a decisão sobre o eventual desembarque dos tucanos do governo Temer caberia à executiva do partido.

Para Doria, antecipar as eleições presidenciais seria “desastroso”. “Seria iniciar um debate enfraquecendo a governabilidade do País e colocando em risco não só as reformas, como a melhora econômica.” Durante a palestra na XP, que durou cerca de 40 minutos, ele foi bastante aplaudido, com gritos de “presidente” em alguns momentos. O prefeito disse que “está na política”, mas repetiu o discurso usado desde a campanha à Prefeitura de que não é político, e sim um gestor.

O prefeito afirmou que foi a “série de erros” dos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff que o estimularam a deixar sua zona do conforto como empresário e entrar na política. “Dilma, desculpa, mas você é uma anta”, disse o prefeito, arrancando aplausos das quase 5 mil pessoas que lotaram o auditório do evento.

Sobre Lula, Doria disse que, se o petista for condenado, ele vai aplaudir a decisão, mas defende que o ex-presidente tenha a chance de disputar as eleições em 2018. “Se ele for impedido de concorrer, há o risco de se criar um mártir”, avaliou.

 

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