Em entrevista à TV, Alckmin responde sobre a seca em SP e escândalos do metrô

  • Por Jovem Pan
  • 20/08/2014 20h53

Tramontina deu trabalho a Alckmin com perguntas incisivas e ressaltando números negativos dos temas abordados

Divulgação/Rede Globo Carlos Tramontina entrevista Geraldo Alckmin no programa SPTV 2ª Edição

Em entrevista de 6 minutos a Carlos Tramontina, da Rede Globo, o governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, foi confrontado com três temas principais: a crise hídrica por que passa o estado do sudeste neste ano, a aplicação do dinheiro no metrô e a educação.

Confira abaixo as principais falas de Geraldo Alckmin (PSDB) no SPTV desta quarta:

Água

As represas começaram a secar em maio do ano passado e a Sabesp tomou a primeira providência, pedindo que a população economizasse água, apenas em fevereiro de 2014, confrontou o âncora do jornal. Alckmin enfatizou a peculiaridade da estiagem para responder a questão. “A maior seca dos últimos 100 anos havia sido em 1953”, afirma. “Nesta, do começo do ano, choveu a metade da pior seca dos últimos 100 anos praticamente”.

O atual governador diz ter realizado “planejamento, obra e conscientização” e cita o bônus de 30% na conta de água que foi dado para quem economizasse 20% de água, elogiando a resposta popular. “76% da população reduziu o consumo e 47% ganharam o bônus”.

Sobre o Sistema Cantareira, que está no nível crítico de cerca de 12%, contando com a reserva do volume morto, Alckmin afirma tê-lo substituído por outras fontes hídricas alternativas. “Nós fizemos a PPP primeiro de Taiaçupeba, no Alto Tietê, passamos de 5m³ para 10 m³ a produção, depois para 15 m³, nós criamos 17 m³ a mais de produção, o que equivale a Fortaleza e Salvador junto”, propagandeia o governador. “O que eu falo são substituições de sistemas hoje. A gente dependia 60% do Cantareira, hoje nós dependemos 30%. Funcionou bem essa substituição de bairros e a reserva técnica, toda ela em operação”, elogia.

Metrô

Tramontina lembra caso de 6 anos atrás, quando o Governo do Estado comprou um sistema de controle para reduzir intervalo entre os trens do metrô, pagou 60% e depois descobriu que não funcionava, em “mais um escândalo que envolve contratos do metrô com a Alstom”.

Sobre a denúncia do cartel do metrô paulista, o governador faz questão de ressaltar que cartel (acordo entre empresas concorrentes para fixar preço em licitações públicas) é algo feito “fora do governo” e garantiu: “Nós apuramos, abrimos processos contra as empresas, apuração rigorosa; malfeitor em São Paulo não vira herói”, cutucou o político tucano.

Sobre o caso levantado por Tramontina, Alckmin afirmou que “é uma questão técnica”. “Ele (o sistema comprado) teve um problema técnico, não do Governo, mas da empresa, ela foi multada, o Governo paralisou o pagamento e ela está providenciando. Isso vai ser resolvido”, assegurou.

Outro número a que teve que dar satisfações foi o de que, em quatro anos de governo, foram entregues apenas 1,3 km de metrô.

O governador confronta esse dado com o de cinco estações entregues: República, Luz, Butantã, Pinheiros e Adolfo Pinheiros. “Vamos entregar semana que vem mais duas: Vila Prudente e Oratório, no monotrilho da Zona Leste. Depois vamos entregar ainda em setembro Fradique Coutinho, depois Oscar Freire esse ano”. Juntando metrô, trem e VLT, Alckmin diz que há 101 km de trilhos em obras.

Educação

Dados apontam 55% dos alunos de escolas públicas que terminam o Ensino Médio não têm conhecimento mínimo de matemática e 40% não dominam o básico da língua portuguesa, expõe o âncora do SPTV.

“No nosso primeiro ciclo, de primeiro a quinto ano, 94% dos alunos alfabetizados com sete anos”, ressaltou Alckmin. “Nós recebemos alunos que não são nossos e não queremos deixar ninguém para trás. Temos a menor evasão escolar”, disse, ao tentar explicar os dados negativos apontados.

“O Ensino Médio é desafio no mundo inteiro, é desafio em São Paulo e o caminho é unir com o técnico, que é o que nós estamos fazendo. O aluno sai com dois diplomas: o diploma do Ensino Médio e o diploma do técnico”, valorizou o governador.

Em sua fala de finalização, Geraldo Alckmin disse: “Eu não me sinto melhor do que ninguém, mas quero colocar minha experiência, entusiasmo e trabalho a serviço da população. São Paulo avançou desde Mario Covas e é qualidade de vida para a população, serviço público de qualidade e desenvolvimento”, avaliou. “Nós temos muitos desafios, mas São Paulo é maior do que esses desafios”, concluiu.

 

 

 

 

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