FGV: existe base para aprovação de reformas, mas há risco com delações e TSE

  • Por Estadão Conteúdo
  • 22/12/2016 16h54
Vinte e um alunos da Escola de Educação Especial Primavera, no Tarumã, receberam na manhã desta terça-feira (02) a carteira de trabalho. Foto: Valdecir Galor/SMCS Valdecir Galor/SMCS Desemprego

O cientista político da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EAESP/FGV) Marco Antônio Teixeira considerou que o governo tem apoio suficiente hoje no Congresso para aprovação das reformas da Previdência e trabalhista. 

Ele disse, entretanto, que o cenário é de tensão porque três eventos ameaçam travar a pauta: a sucessão do comando na Câmara, as delações da Odebrecht e o julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das contas da chapa Dilma-Temer em 2014. “Há muitos temas ao mesmo tempo, mas, em números frios, o governo tem quórum atualmente para aprovar. Mas tudo depende dos fatores exógenos, principalmente o que pode vir das delações de Odebrecht, além do processo do TSE”, afirmou.

O especialista ainda comentou que as recentes medidas anunciadas pelo governo em um tempo curto neste final de ano indicam uma corrida do presidente Michel Temer para tentar impedir uma redução ainda maior de seus índices de popularidade. O objetivo, segundo Teixeira, é mostrar que o governo está buscando sair da crise, principalmente depois do agravamento dos dados econômicos, e evitar o crescimento da desconfiança, que poderia resultar em perda de apoio político.

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