Gilmar Mendes: nova denúncia contra Dirceu não influenciará julgamento de habeas

  • Por Estadão Conteúdo
  • 02/05/2017 16h21
Brasília - O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, acompanhado do ministro da Defesa, Raul Jungmann, diz que o eleitor se sentiu seguro e foi às urnas (Valter Campanato/Agência Brasil) Fotos Públicas Ministro GIlmar Mendes- Fotos Públicas

Cerca de quatro horas depois de a força-tarefa da Lava Jato oferecer uma nova denúncia contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira, 2, que a atuação do Ministério Público Federal (MPF) não terá “nenhuma” influência no julgamento do habeas corpus de Dirceu que ocorre nesta tarde

A 2ª Turma do STF julga nesta terça-feira um habeas corpus de José Dirceu, preso há quase dois anos no âmbito da Operação Lava Jato. Dirceu teve prisão preventiva decretada em agosto de 2015 e desde então já foi condenado duas vezes pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável na primeira instância pelas ações penais sobre o esquema de corrupção na Petrobras.

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF), afirmou que a denúncia contra José Dirceu estava sendo preparada e foi antecipada por conta do julgamento desta terça-feira na 2ª Turma do STF. Dallagnol afirmou que tem “plena convicção” de que o STF manterá a prisão do ex-ministro.

“Se eles imaginam que vão constranger o Supremo, o Supremo deixava de ser o Supremo”, disse Gilmar Mendes, ao chegar para a sessão da Segunda Turma. “Como se a gente pudesse (ser pressionado)… é o rabo abanando o cachorro.”

Indagado se a nova denúncia pressionava ou constrangia os ministros da 2ª Turma do STF, Gilmar respondeu: “Absolutamente nada.”

A força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou José Dirceu mais uma vez. Dirceu agora é acusado de receber propinas das empreiteiras Engevix e da UTC no valor de R$ 2,4 milhões durante e depois do julgamento do mensalão, ação penal em que foi condenado.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.