Líder do DEM diz que País não pode parar por causa da Lava Jato

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/03/2017 20h03
Brasília- DF- Brasil- 18/12/2014- O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, discursa durante solenidade comemorativa dos 10 anos da reforma do Judiciário (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/ Agência Brasil Rodrigo Janot

Às vésperas da divulgação da nova “lista” do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), disse que o Parlamento não pode ser “contaminado” pela Operação Lava Jato. “O Congresso tem de ter maturidade e separar a agenda das reformas da agenda política. Não podemos parar o Brasil para discutir exclusivamente a agenda política”, afirmou.

Nos próximos dias, é esperado que Janot deflagre a abertura de 30 inquéritos contra autoridades baseados nas delações premiadas de ex-executivos da empreiteira Odebrecht. Os inquéritos devem ter como alvo ministros, senadores, deputados e governadores. 

O líder do PT na Casa, deputado Carlos Zarattini (SP), prevê que as novas revelações vão criar “muito tumulto” no Congresso. “Na verdade se tentou sacrificar o PT, dizer que o PT era o culpado de tudo e agora estamos vendo o quê? Toda cúpula do PMDB envolvida em denúncias, toda a cúpula do PSDB envolvida em denúncias”, declarou.

Zarattini citou reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, que revelou a proposta de acordo de delação premiada do operador financeiro Adir Assad. O operador disse ter repassado cerca de R$ 100 milhões para Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), entre 2007 e 2010, na gestão José Serra (PSDB). “Evidentemente isso tem de ser investigado. Mas como eu disse: tudo vai atingir a todos os partidos porque o sistema de financiamento das empresas era adotado por todos”, comentou.

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