Mantega admite ter conta na Suíça com saldo de US$ 600 mil, mas nega propina

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 29/05/2017 21h14
Ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante coletiva sobre previsao do FMI (Fabio Rodrigues Pozzebom /Agência Brasil) Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Guido mantega - AGBR

A defesa de Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda nos governos Lula e Dilma, entregou ao juiz Sérgio Moro uma petição em que reconhece a existência de uma conta no banco suíço Picktet, não declarada ao fisco, com saldo de US$ 600 mil. De acordo com o documento, o dinheiro foi obtido pelo ex-ministro atribuiu através da venda de um imóvel herdado de seu pai e não a um suposto recebimento de propina.

“Guido MANTEGA, nos autos da busca e apreensão em epígrafe, vem, por seu advogado (doc. 01), respeitosamente, à presença de Vossa Excelência – tendo em vista ter sofrido medida de busca, mas não ter sido convidado a prestar depoimento, e a fim de demonstrar sua total transparência frente às investigações em curso neste e juízo – afirmar que abre mão de todo e qualquer sigilo bancário, financeiro e fiscal, inclusive de conta estrangeira aberta antes de assumir o cargo de Ministro da Fazenda, na qual recebeu um único depósito no valor de US$ 600 mil (seiscentos mil dólares) como parte de pagamento pela venda de imóvel herdado de seu pai”, afirmou, por meio de petição, o advogado de defesa de Mantega, Fábio Tofic.

O ex-ministro afirmou ainda não esperar “perdão nem clemência pelo erro que cometeu ao não declarar valores no exterior, mas reitera que jamais solicitou, pediu ou recebeu vantagem de qualquer natureza como contrapartida ao exercício da função pública, conforme poderá inclusive confirmar o extrato da conta, documento que o peticionário se compromete a apresentar tão logo o obtenha da instituição financeira”.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.