Ministro tucano entrega moradias e diz que ‘Minha Casa’ não pertence a governos

  • Por Estadão Conteúdo
  • 01/07/2016 13h45
Brasília - Deputado Bruno Araújo durante discussão da autorização ou não da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no plenário da Câmara dos Deputados (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Bruno Araújo

O ministro das Cidades Bruno Araújo disse, nesta sexta-feira (1), que o programa Minha Casa, Minha Vida não pertence a nenhum governo, “não é mais um programa de governo, mas, sim, um programa do Estado brasileiro”, disse Araújo, do PSDB, depois de entregar 2.304 unidades habitacionais do programa, no Paranoá, Região Administrativa do Distrito Federal.

Com investimento de R$ 149 milhões do Orçamento Geral da União, o residencial Paranoá Parque vai beneficiar, segundo o ministério, cerca de 5.504 pessoas, com renda mensal de até R$ 1,8 mil.

Essas moradias fazem parte da última fase de um empreendimento com construção de 6.240 unidades e investimento total de R$ 405,6 milhões. Cada apartamento tem área privativa de 46 m2, com dois quartos, circulação, sala, cozinha, banheiro, área de serviço e piso cerâmico em todos os ambientes.

O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, pediu aos beneficiários do programa que cuidem dos apartamentos e do empreendimento, paguem em dia as prestações (menos de R$ 50 por família, em média) e permaneçam no imóvel. “Não aluguem, não vendam, não passem adiante, não troquem por um carro ou qualquer outra coisa. Fiquem com a casa”, pediu, ao discursar. 

Segundo Occhi, o banco deve divulgar, nos próximos dias, a retomada de mais 5 mil obras que estão paradas da faixa 1 do programa (para famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil). O gestor afirmou que a Caixa está resolvendo questões jurídicas sobre a desocupação desses empreendimentos para retomar as obras. Até o fim do ano, prometeu, todas as 70 mil moradias que estão com obras paradas serão retomadas. 

O ministro das Cidades disse que, dentro em breve, divulgará os novos “ajustes” e o início das contratações da faixa 1,5. Essa parte seria a grande novidade da terceira etapa do programa, mas nunca saiu do papel. Da forma como foi idealizada, beneficiaria famílias com renda mensal de até R$ 2.350, que teriam subsídios de até R$ 45 mil na aquisição de um imóvel, de acordo com a localidade e renda. Além do desconto, o financiamento teria juros de 5% ao ano. 

Desde 2009, quando foi criado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa já contratou mais de 4,3 milhões de moradias e mais 2,8 milhões de unidades com investimento de R$ 306 bilhões.

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