Mudança no FGTS é “pauta-bomba” e crise econômica pode inviabilizar projeto

  • Por Jovem Pan
  • 18/08/2015 13h55
BRASÍLIA, DF, 17.07.2015: EDUARDO-CUNHA - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anuncia nesta sexta-feira (17) seu rompimento político com o governo Dilma Rousseff. Segundo Cunha, a partir de agora ele passará a integrar as fileiras de oposição à gestão petista. "Eu, formalmente, estou rompido com o governo. Politicamente estou rompido", enfatizou Cunha em coletiva de imprensa no salão verde da Câmara, em Brasília (DF). (Foto: Ed Ferreira/Folhapress) Ed Ferreira/Folhapress Eduardo Cunha anuncia rompimento com o governo

A Câmara dos Deputados vota nesta terça-feira a correção do Fundo de Garantia por índice maior, equivalente ao da caderneta de poupança. O projeto deve abrir a pauta do plenário, mas ainda depende de acordo entre os líderes.

O texto original pode dobrar os rendimentos ao trabalhador para os depósitos no Fundo de Garantia realizados a partir de janeiro Apesar da resistência do governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, promete votar a proposta “por bem ou por mal”.

O projeto dos deputados Leonardo Picciani, Mendonça Filho e Paulo Pereira da Silva é considerado o primeiro da lista de “pautas-bomba”. O advogado José Milton Dalari considera a proposta justa, mas ressalta que o atual cenário de crise econômica pode inviabilizar a ideia. (Ouça detalhes no áudio acima)

Uma proposta alternativa, do deputado Carlos Marun, prevê parcelar em três anos o lucro anual do FGTS entre os trabalhadores. Falando ao repórter Marcelo Mattos, o advogado Wlademir Novaes Martinez acha que o modelo poderia ser mais facilmente implementado.

Hoje, a correção do FGTS é feita com base na taxa referencial, TR, em torno de 0,1% ao mês, mais juros de 3% ao ano. Ainda nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff recebeu deputados da base aliada para discutir formas de desarmar a pauta-bomba da Câmara.

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