No Twitter, PT pede apoio a Maranhão após anulação de processo de impeachment

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/05/2016 14h04
São Paulo- SP- Brasil- 04/03/2016- 04/03/2016- São Paulo- SP, Brasil- Ex-Presidente Lula, durante entrevista a imprensa na sede do PT Nacional. Foto: Roberto Parizotti/ CUT Roberto Parizotti/CUT lula

Em seu perfil no Twitter, o PT pediu apoio dos internautas ao presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Casa. Em nota à imprensa, Waldir Maranhão, sucessor e aliado de Eduardo Cunha, apontou seis motivos para decisão que suspende processo de afastamento da presidente da República.

Por volta de 12h20, o partido afirmou. “É a hora de apoiar @WaldirMaranhao. Aqui no Twitter taggeando ele e também comentando no Facebook.” Na mensagem, o PT indicou o link da página oficial de Waldir Maranhão no Facebook para que os internautas possam apoiá-lo.

A determinação de Maranhão, que, no fim de semana, encontrou-se demoradamente com Eduardo Cunha (que teve o mandato parlamentar suspenso pelo Supremo Tribunal Federal), atende pedido da Advocacia-Geral da União.

“Como a petição não havia sido decidida, eu a examinei e decidi acolher em parte as ponderações nela contidas. Desacolhi a arguição de nulidade feita em relação aos motivos apresentados pelos senhores deputados no momento de votação por entender que não ocorreram quaisquer vícios naquelas declarações de votos. Todavia, acolhi as demais arguições, por entender que, efetivamente, ocorreram vícios que tornaram nula de pleno direito a sessão em questão. Não poderia os partidos políticos ter fechado questão ou firmado orientação para que os parlamentares votassem de um modo ou de outro, uma vez que, no caso, deveriam votar de acordo com as suas convicções pessoais e livremente”, afirma o presidente interino da Câmara.

No entendimento de Maranhão, os deputados não poderiam ter dado publicidade a seus votos antes da conclusão da votação. “Não poderiam os senhores parlamentares antes da conclusão da votação terem anunciado publicamente os seus votos, na medida em que isso caracteriza prejulgamento e clara ofensa ao amplo direito de defesa que está consagrado na Constituição. Do mesmo modo, não poderia a defesa da senhora presidente da República ter deixado de falar por último no momento da votação, como acabou ocorrendo”, aponta.

O ex-aliado de Cunha aponta, em sua avaliação, outro vício. “Também considero que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por Resolução, por ser o que dispõe o regimento interno da Câmara dos Deputados e o que estava originalmente previsto no processamento do impeachment do presidente Collor, tomado como paradigma pelo STF para o processamento do presente pedido de impeachment.”

No item 5 do texto, que divulgou nesta segunda-feira (9), Maranhão afirma: “Por estas razões, anulei a sessão, realizada nos dias 15, 16 e 17, e determinei que uma nova seja realizada para deliberar sobre a matéria no prazo de cinco sessões, contados da data em que o processo for devolvido pelo Senado à Câmara dos Deputados.”

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