Para jurista, Congresso não pode eleger sucessor de Temer

  • Por Jovem Pan
  • 25/05/2017 19h31
Brasília- DF 22-09-2016 Presidente Temer, governador de pernanbuco, Paulo Câmara e ministro da educação, Mendonça Filho, durante Cerimônia de Lançamento do Novo Ensino Médio Palácio do Planalto. Foto Lula Marques/Agência PT Lula Marques/Agência PT Michel Temer - Agência PT

Promover mudanças na Constituição para que haja uma reforma do sistema político e a participação mais efetiva da sociedade civil. Essa é a solução para a crise que toma conta do País e sugeriu a saída para os problemas brasileiros na opinião do jurista Modesto Carvalhosa.

“Temos que ter uma nova Constituição em que haja possibilidade de tirar os privilégios dos políticos e acabar com a casta dos políticos que se sucede de geração em geração. Temos que criar uma nova República. Estamos em uma crise institucional e para isso é importante que a sociedade civil se manifeste”, disse o jurista.

Para Carvalhosa, o Congresso Nacional não poderia eleger um de seus representantes para assumir a presidência, pois os “donos do poder” apenas dariam continuidade naquilo que já vem sendo feito no país, ou seja, o cenário continuaria o mesmo. “O congresso não pode se auto eleger ou eleger políticos partidários para continuar no poder. Seria mais do mesmo. Seria uma crise atrás da outra. Nós da sociedade civil temos realmente que interromper esse ciclo de crise com uma contribuição concreta e direta para a solução desses problemas”, completou.

Segundo o jurista, um nome da sociedade civil ou do poder judiciário poderia ser a solução, mas para isso seria necessária muita disposição. Questionado se aceitaria o desafio de contribuir com o Brasil nesse momento tão conturbado da política, Carvalhosa se mostrou disposto, mas com algumas condições:

“Eu teria essa disposição para representar a sociedade civil, mas só poderia aceitar um encargo desses como candidato avulso, não partidário. A sociedade civil tem que se apresentar na eleição indireta para mostrar que aquela ideia absurda, de dizer que não há ninguém capaz no Brasil para assumir à Presidência não é verdade”, concluiu.

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