Para relator, é difícil votar a reforma antes de eventual denúncia contra Temer

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/06/2017 15h13 - Atualizado em 29/06/2017 00h46
Brasília - O deputado Arthur Maia fala sobre a reforma da previdência social (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil Deputado Arthur Maia - ABR

O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse nesta segunda-feira, 19, que a proposta deverá ser votada no plenário da Casa somente após a apreciação da eventual denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) pelos deputados. A autorização deverá ser apresentada pela Procuradoria-Geral da República e precisa ser admitida pela Câmara.

Na terça, o relator vai se reunir com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumirá a presidência da República durante a viagem de Michel Temer (PMDB) ao exterior, e com o ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy (PSDB), para definir um calendário de votação.

A base governista está na expectativa de receber o pedido de autorização do processo contra Temer nos próximos dias. Para o presidente virar réu no Supremo Tribunal Federal (STF), é preciso o voto de 352 deputados pela admissibilidade. Como Rodrigo Maia já declarou, a ordem é que o pedido seja analisado rapidamente. “Eu acho que é isso tem que ser feito”, opinou Arthur Maia. Ele deu uma palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na manhã desta segunda-feira. 

“Eu acho que é difícil votar a reforma antes da denúncia”, afirmou o parlamentar em entrevista coletiva após a palestra. “Então votaremos a denúncia e em seguida daremos sequência à reforma.” 

O deputado disse que mantém a expectativa de votar a medida no plenário da Câmara em agosto, mas que a decisão caberá ao presidente da Casa, Rodrigo Maia.

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