Por desvio em Angra 3, PF indicia ex-presidente da Eletronuclear preso na Lava Jato e mais sete

  • Por Jovem Pan
  • 27/08/2015 21h59
Antonio Cruz/Agência Brasil Othon Luiz Pinheiro da Silva

A Polícia Federal indiciou o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa.

Othon Luiz está preso desde o dia 28 de julho, em decorrência da Operação Radioatividade, da Operação Lava Jato. Ele é suspeito de ter recebido propinas nas obras da usina de Angra 3.

Foram rastreados pelo menos R$ 4,5 milhões em uma conta da Aratec Engenharia, controlada pelo ex-presidente da Eletronuclear. No enatnto, os investigadores suspeitam que o almirante possa ter recebido R$ 30 milhões.

Em relatório, a PF indiciou ainda oito investigados: a filha de Othon Luiz, Ana Cristina Toniolo, o executivo Flávio David Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia, e cinco supostos intermediários do dinheiro ilícito.

A PF destacou que existem indícios de que o edital de pré-qualificação de 2011 já teria sido direcionado “para aquelas empresas que vieram efetivamente a assinar contrato em 2014”.

Os nove indiciados pela PF negam a prática de ilícitos. Othon Luiz, em depoimento à Polícia Federal afirmou que não recebeu propinas. Sua filha, Ana Cristina Toniolo, disse que os R$ 4,5 milhões para a Aratec eram relativos a trabalhos de tradução. Flávio David Barra e outros cinco indiciados também rechaçaram suspeita de repasse de propinas.

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