STF determina o afastamento de Aécio Neves e Rocha Loures

  • Por Jovem Pan
  • 18/05/2017 07h32
EFE/Mario Cruz Aécio Neves EFE

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato, determinou na manhã desta quinta-feira (18) o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de seu mandato e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) da Câmara. Rocha Loures é próximo ao presidente Michel Temer (PMDB). Aécio e Loures foram citados e gravados na delação da JBS.

O procurador-geral Rodrigo Janot também pediu ao STF a prisão preventiva de Aécio Neves. O ministro Edson Fachin enviou o pedido de prisão ao plenário do STF, mas ainda não há data marcada para a apreciação. A informação é da colunista Jovem Pan Vera Magalhães.

O Supremo também determinou nesta quinta a prisão preventiva de Andrea Neves, irmã do tucano. Ela foi presa em condomínio em Belo Horizonte (MG) nesta manhã, confirmou a Polícia Federal, ao contrário do que fora informado anteriormente.

A cúpúla do PSDB se reúne às 10h30 no gabinete do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) para avaliar a permanência de Aécio na presidência da sigla. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) levou a Aécio Neves 

Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, teria pedido para Joesley Batista, um dos donos da JBS, R$ 2 milhões para pagar sua defesa nos inquéritos da Operação Lava Jato. O dinheiro teria sido entregue a seu primo Frederico Pacheco de Medeiros, o “Fred”, em quatro parcelas de R$ 500 mil. Uma das entregas, feita por Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais da JBS, foi gravada pela Polícia Federal. O material foi entregue em delação premiada de Joesley, conforme divulgou o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo na noite desta quarta (17).

O primo de Aécio Frederico Medeiros também foi preso nesta quinta-feira.

Além disso, a Polícia Federal faz buscas na casa de Aécio em Ipanema, bairro do Rio de Janeiro, nesta manhã. Na noite desta quarta (17), quando divulgadas as acusações, Aécio Neves se disse “absolutamente tranquilo” quanto à correção de seus atos.

Já Rocha Loures foi gravado recebendo R$ 500 mil em uma mala. O deputado peemedebista é muito ligado ao presidente Michel Temer. Temer teria indicado Loures, em conversa também gravada por Joesley, para cuidar de assuntos do interesse da empresa J&F, controladora da JBS.

Loures foi assessor especial de Temer na Vice-Presidência e manteve o cargo quando Michel assumiu a Presidência. O deputado era inclusive um interlocutor do presidente para assuntos econômicos.

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