Temer: Crise que herdamos é produto de tentativas de disfarçar a realidade

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2016 07h25
BRA12. BRASILIA(BRASIL),22/09/2016.- El presidente brasileño, Michel Temer, participa hoy, miércoles 22 de septiembre de 2016, en un acto en el Palacio presidencial de Planalto, donde anunció hoy una inversión de 1.500 millones de reales (unos 468 millones de dólares) en la educación secundaria, destinada sobre todo a la implantación de escuelas de tiempo integral en Brasilia (Brasil). EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/FERNANDO BIZERRA JR Michel Temer EFE

O presidente Michel Temer aproveitou a retomada do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, para pedir apoio do setor produtivo.

Segundo ele, neste momento de grave crise é preciso transformar o ilusionismo em lucidez. “Devo dizer que a gigantesca crise que herdamos é, em parte, produto de reiteradas tentativas de disfarçar a realidade. Encarar a verdade é difícil, complicado e desagradável. mas se você não encará-las, você irá ludibiriar aqueles a quem todos nós servimos”, disse o presidente.

Temer se comprometeu ainda em encaminhar a reforma da Previdência ao Congresso Nacional em dezembro e pediu aos conselheiros que sejam agentes da governabilidade.

Ele garantiu ainda que não vai propor mudanças sem a devida discussão com a sociedade.

O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) apresentou números sobre a situação econômica do País e defendeu a PEC que limita os gastos públicos e a necessidade de se mudar as regras da aposentadoria. Segundo Meirelles, a regra hoje é injusta.

De acordo com o ministro, se nada for feito, o aumento de impostos para fazer frente ao déficit da previdência seria de algo em torno de 10% do PIB. Para evitar esse caminho ele ressaltou que algumas regras precisam ser observadas: “foco na contenção permanente de despesas e no aumento temporário da receita”.

O publicitário Nizan Guanaes defendeu que o Governo aproveite a oportunidade para avançar em causas impopulares. “Já que o Governo não tem índices de popularidade altos, aproveite presidente. A popularidade é uma jaula. Ninguém faz coisas contundentes com altos níveis de popularidade. Então aproveite que o senhor não tem altos índices de popularidade e faça coisas impopulares que serão necessárias e irão desenhar este Governo para os próximos anos”, disse.

Os conselheiros pediram a simplificação das regras para desburocratizar o setor produtivo; e os sindicalistas reclamaram da reforma da previdência.

*Informações da repórter Luciana Verdolin

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