Toffoli se emociona em velório e se refere a Teori como “grande amigo”

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 21/01/2017 12h43
RS - TEORI/VELÓRIO/DIAS TÓFFOLI - POLÍTICA - ATENÇÃO EDITOR: CORREÇÃO DE CRÉDITO. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), discursa durante o velório do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, que é realizado na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS), neste sábado. 21/01/2017 - Foto: EVANDRO LEAL/AGÊNCIA FREE LANCER/ESTADÃO CONTEÚDO Estadão Conteúdo Dias Toffoli no velório de Teori - AE

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli se emocionou ao falar sobre Teori Zavascki no velório do magistrado. De acordo com Toffoli, foi uma perda pessoal que abala muito. “A humildade dele marcará para sempre a justiça brasileira. E nós tivemos a oportunidade de desfrutar de sua companhia. (…) Não poderia deixar de vir aqui dar um beijo nesse grande amigo”, disse o ministro, com a voz embargada.

Questionado, ele disse ser da opinião de que a relatoria da Lava Jato deveria ser redistribuída entre os atuais ministros do STF. “Não se deve deixar a relatoria para o novo ministro que vai assumir. Seria uma situação política extremamente delicada. Vários senadores estão sendo investigados na Lava Jato. Isso criaria uma situação embaraçosa politicamente, com as pessoas que vão ser julgadas analisando o futuro julgador”, afirmou.

Velório

O velório do ministro Teori Zavascki foi iniciado neste sábado, por volta das 9h, no Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre. O corpo chegou ali depois das 8h30.

Acidente aéreo

O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki morreu no acidente do avião que caiu nesta quinta-feira (19) nas proximidades de Paraty, no Rio de Janeiro. A aeronave partiu do Campo de Marte (SP) e ia para o Rio de Janeiro com quatro passageiros a bordo. A informação da morte do magistrado foi confirmada pelo filho dele pelo Facebook. Antes, o filho de Zavascki havia confirmado a presença do pai no voo e pediu para os amigos para “rezarem” pela sobrevivência do ministro.

Teori, que tinha 68 anos, era o ministro relator das ações da Operação Lava Jato no Supremo. Cabia a ele os próximos e decisivos passos da investigação que envolve alguns dos políticos mais emblemáticos do Brasil e que possuem foro privilegiado e, portanto, só podem ser julgados pela mais alta corte.

O ministro era responsável pela homologação das conhecidas “delações do fim do mundo”, colaborações de 77 executivos da construtora Odebrecht com a Justiça. A expectativa era que o ministro do STF começasse a decidir em fevereiro a oficialização ou não das delações que envolviam diversos políticos importantes dos núcleos do governo de Michel Temer e Dilma Rousseff. Enquanto estava em recesso, a equipe de juízes do ministro analisava o extenso material resultante de uma longa negociação que se estendeu por todo o ano de 2016.

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