Troca de ministros do governo Dilma agita bastidores em Brasília

  • Por Luciana Verdolin/Jovem Pan - Brasília
  • 24/11/2014 15h51
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 22-05-2012, 17h00: A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, no Senado Federal, em Brasília (DF). O empresário irritou a CPMI ao se negar a responder a 30 das 60 perguntas feitas por parlamentares durante duas horas e meia de depoimento, alegando que falará antes à Justiça. "Estamos aqui perguntando para um múmia, uma pessoa que não quer responder", afirmou a senadora, que sugeriu o encerramento da sessão e teve sua proposta acolhida. Preso desde 29 de fevereiro de 2012 sob acusação de explorar jogos ilegais e comandar um vasto esquema de corrupção, Cachoeira saiu em 22 de maio pela primeira vez do complexo penitenciário da Papuda, sob forte esquema de segurança. A CPMI foi instalada em 25 de abril de 2012 para investigar práticas criminosas de Cachoeira e agentes públicos e privados, desvendadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress, PODER) Folhapress Senadora Kátia Abreu afirmou que a CCJ irá votar lei que define vandalismo como crime

Para o novo mandato da presidente Dilma Rousseff, muitas cadeiras serão trocadas na Esplanada dos Ministérios e alguns nomes já começaram a vazar.

Na área econômica do governo, os novos líderes do governo já estão praticamente definidos. A expectativa é de que o anúncio seja feito entre quarta e quinta-feira.

O ministério da Fazenda deve ficar com o ex-secretário do Tesouro Nacional Joaquim Levy; o Planejamento deve ser ocupado por Nelson Barbosa; e Alexandre Tombini deve comandar o Banco Central.

Falta ainda a definição se Dilma fará ou não alterações no BNDES.

Na sexta, Dilma também já convidou o senador Armando Monteiro (PTB) para o Desenvolvimento e Kátia Abreu (PMDB) para o ministério da Agricultura.

O PMDB não quer que Abreu seja considerada da “cota” do partido aliado ao governo, mas da “cota pessoal” da presidente Dilma na escolha dos ministérios.

Há expectativas também de mudanças no Ministério de Desenvolvimento Agrário. O atual ministro Miguel Rossetto pode assumir a Secretaria Geral da Presidência, atualmente com Gilberto Carvalho.

Carvalho teve alguns atritos com Dilma nos últimos meses.

Assessores avaliam que Dilma estaria esperando a aprovação da alteração na LDO e da flexibilização da meta do superávit para oficializar os anúncios.

Quando essa equipe econômica for definida, já deve começar a trabalhar em um pacote de ajuste fiscal a ser implementado ou em dezembro ou em janeiro.

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