Quem matou achando que fosse calar descobrirá muitas Marielles nas ruas, diz Freixo

  • Por Thiago Navarro/Jovem Pan
  • 15/03/2018 13h14
Reprodução/Facebook Marcelo Freixo lamentou a perda da "grande amiga" Marielle Franco de forma tão brutal

O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), em entrevista exclusiva para a Jovem Pan, repercutiu a morte da “grande amiga” Marielle Franco, vereadora que foi assassinada na noite desta quarta-feira (14). De acordo com Freixo, “não há a menor dúvida” de que Marielle foi executada e é essa a única hipótese com a qual a polícia trabalha no momento.

“Ela foi executada, não há a menor dúvida, a gente precisa saber qual a motivação e a autoria e isso precisa ser respondido porque é um crime contra a democracia, não é que a vida da Marielle valha mais do que a de qualquer outra pessoa, mas esse crime é contra o RJ e a democracia, isso é inaceitável”, afirmou o deputado, bastante emocionado.

Freixo recebeu a notícia do crime pouco depois de ter acontecido e passou a noite no local com a polícia e familiares. “É muito importante que esse caso seja desvendado o quanto antes para que a gente possa dar uma resposta rápida e não aceitar o que está acontecendo”, disse.

Abalado com a perda da vereadora – que trabalhou em sua equipe durante 10 anos -, Freixo pediu desculpas por não conseguir fazer ainda uma avaliação sobre a repercussão política do crime, mas deixou seu recado: “quem matou a Marielle achando que fosse calar a Marielle vai descobrir que muitas Marielles vão para as ruas hoje”.

“É muito difícil, é uma grande amiga, conheço há muitos anos, trabalhou na minha equipe durante 10 anos, fui um dos principais entusiastas da candidatura dela, sabia que ela seria uma vereadora extraordinária, que mudaria a história política do Rio de Janeiro, mas não por esse caminho tão violento, bárbaro e inaceitável para todos nós”, lamentou o deputado.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.