Aumenta número de armas de fogo apreendidas no Rio de Janeiro, mostra relatório

  • Por Agência Brasil
  • 02/07/2015 16h36
TASSO MARCELO/AGÊNCIA ESTADO/AE Policiais mostram armas e drogas apreendidas durante operação em favelas do Rio de Janeiro

Três mil novecentos e oitenta e nove armas foram apreendidas de janeiro a maio deste ano, no Rio. Os dados são do Instituto de Segurança Pública, que divulgou hoje (2) o Relatório Apreensão de Armas de Fogo. O levantamento mostra um aumento de 11% nas apreensões, em relação ao mesmo período do ano passado, o que significa que foram recolhidos por dia, no estado, 11 revólveres, dez pistolas e um fuzil.

Do total de apreensões, 1.683 (42,2%) são revólveres, 1.533 (38,4%), pistolas, 174 (4,4%), fuzis e 49 (1%), metralhadoras e submetralhadoras. Juntos, revólveres e pistolas respondem por 81% do total de apreensões no estado. A divulgação desses dados será mensal a partir de agora.

Segundo o instituto, órgão da Secretaria de Segurança Pública, a apreensão de fuzis cresceu 51% no acumulado do ano até maio, em comparação a igual período de 2014. Setenta e dois por cento dos fuzis foram apreendidos na capital.

Desses, 56% foram recolhidos em Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP), que reúnem os bairros de Água Santa, Tomás Coelho e Piedade (AISP 3), Rocha Miranda, Coelho Neto e Madureira (AISP 9), Bangu e Senador Camará (AISP 14) e Vicente de Carvalho, Costa Barros, Acari e Ricardo de Albuquerque (AISP 41). Nesses bairros, ainda há comunidades que não passaram pelo processo de pacificação, informa a secretaria.

O número de pistolas aumentou 25% em relação ao mesmo período do ano passado. O município do Rio de Janeiro se destaca, com 43% ddas pistolas apreendidas. Segundo o relatório, 50% das apreensões foram registradas em oito Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) da região metropolitana do Rio de Janeiro (7, 9 12, 14, 15, 20, 25 e 41).

Das 309 pistolas apreendidas a mais nos cinco primeiros meses deste ano, 165 foram feitas nessas oito áreas. Apenas na AISP 15, que cobre o município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, houve queda no número de apreensões (menos 24 pistolas apreendidas).

A análise mensal mostra que as apreensões de armas de fogo em maio (787) subiram, em relação a abril (761), mas ficaram abaixo das efetuadas em março (879). Revólveres e pistolas lideraram, em maio, o volume de armas apreendidas, como ocorreu em toda a série histórica do ano, com 326 e 299 unidades, respectivamente.

O Instituto de Segurança Pública disse que, embora o volume de fuzis não represente 5% do total de armas de fogo apreendidas, seu uso traz consequências graves, na medida em que o alcance dos projéteis pode superar os mil metros, enquanto o dos revólveres não chega a 50 metros, em geral. Além disso, o fuzil tem grande poder de transfixação, ou seja, pode atingir pessoas dentro de casa ou de veículos, causando lesões importantes e até morte.

Os registros de ocorrências das Delegacias de Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro, associados a informações da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar fluminense, serviram de base para a elaboração do relatório.

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