Secretário reconhece possibilidade de racionamento no Rio de Janeiro

  • Por Agência Brasil
  • 23/01/2015 14h39
JACAREÍ, SP, 12.08.2014: ABASTECIMENTO-SP - Relatório do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) aponta risco de seca nas represas da região do Vale do Paraíba, em São Paulo, especialmente no reservatório de Paraibuna (SP). Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro apresentam impasse sobre a liberação de água no reservatório de Jaguari, entre São José dos Campos e Jacareí, uma vez que o lado paulista teria descumprido determinação na ONS para vazão de saída de água. (Foto: Nilton Cardin/Folhapress) Nilton Cardin/Folhapress Reservatório de Paraibuna/SP

O secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, André Corrêa, pediu nesta sexta-feira (23) que a população do estado economize água. Ele não descartou a possibilidade do abastecimento às empresas na região da foz do Rio Guandu ser interrompido para priorizar o uso humano diante da crise hídrica do estado.

De acordo com o secretário, o abastecimento de água para 75% da população no estado será garantido pelo volume morto do reservatório de Paraibuna nos próximos seis meses mas, depois desse período, não está descartada a possibilidade de um racionamento no Rio de Janeiro.

Em 84 anos de medição do nível de reserva de água, André Corrêa ressaltou que o Rio de Janeiro convive com “a pior crise hídrica da história do Sudeste”. Ele destacou que o momento é crítico, mas não há motivo para desespero a ponto de a população adotar medidas como, por exemplo, reservar de água desnecessariamente.

O secretário defendeu que a Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) inicie uma cobrança tarifária diferenciada que beneficie quem gasta menos e onere quem consome mais. Ele afirmou que a viabilidade do projeto está em estudo no governo do estado, que analisa formas de reuso de água por meio de tratamento. Ele explicou que o tratamento de água já utilizada não estará disponível a curto prazo.

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