“Acreditamos que a Justiça possa reverter”, diz secretário após suspensão de reajuste tarifário em SP

  • Por Jovem Pan
  • 11/01/2017 08h32
Diogo Moreira / A2 Fotografia Clodoaldo Pelissioni

Após o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Paulo Dimas, negar o recurso do governo Geraldo Alckmin (PSDB) nesta terça-feira (10) contra a liminar que suspendeu o reajuste tarifário na integração entre ônibus e trilhos. Com a decisão, o valor da passagem de integração volta a ser de R$ 5,92 e não mais de R$ 6,80.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou que todas as empresas foram oficiadas e às 00h todas as catracas já operavam com os valores das tarifas adotadas até 07 de janeiro.

“O governo do Estado, junto com a Prefeitura, que entra como parte na ação, vão recorrer. Acreditamos que a política tarifária é a melhor para a população. Mais de dois terços do sistema estavam sendo beneficiados. Vamos recorrer e acreditamos que a Justiça possa reverter a medida”, disse.

Em seu julgamento, Dimas afirma que a decisão de congelar a tarifa básica em R$ 3,80, que foi uma promessa de campanha do prefeito João Doria (PSDB) encampada por Alckmin, mas ao mesmo tempo reajustar o valor da integração em 14,8%, ou seja, acima da inflação prevista para o período (6,4%) “não foi devidamente justificada” pelo governo paulista.

Clodoaldo Pelissioni rebateu a fala de Dimas e disse que foi oficiado com a assembleia legislativa todos os dados que comprovavam as vantagens do reajuste. “Vamos apresentar os dados que forem necessários para vencer [o recurso]”, garantiu.

O secretário defendeu o reajuste que, segundo ele, também afeta os contratos. “Temos prestadores de serviços, inflação, teremos em março o dissídio da CPTM, em maio o do Metrô. Temos um histórico de que temos que conceder o reajuste. Para o sistema funcionar de maneira satisfatória, temos que pagar funcionários e fornecedores (…) Esse é o nosso argumento para manter a tarifa de R$ 3,80 congelada”, disse.

Obras atrasadas

Quanto as obras atrasadas da Linha 4-Amarela do Metrô, o secretário de Transportes Metropolitanos admitiu problemas com a empresa espanhola em 2015, mas garantiu que as obras já foram retomadas.

“A previsão é de entregar a estação Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire para dezembro deste ano. E a estação Morumbi em 2018, e Vila Sônia em 2019”, finalizou.

Confira a entrevista completa:

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