Após reintegração, moradores de favela perto da USP queimam três ônibus e entram em confronto com a polícia

  • Por Victor LaRegina/Jovem Pan
  • 23/12/2014 12h16

Tropa de Choque em frente à Favela de São Remo. Por volta das 11h30 Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress Políciais da Tropa de Choque na entrada da Favela de São Remo

Pessoas indignadas com reintegração de posse incendiaram três ônibus dentro da cidade universitária da USP, em São Paulo. Os ataques ocorreram por volta das 9h da manhã desta terça (23).

A reintegração em si havia ocorrido de forma pacífica.

A polícia compareceu para tentar controlar a situação. Então, moradores da favela de São Remo, que faz fronteira à cidade universitária, começaram a arremessar rojões contra os policiais, que respondiam com tiros dispersivos.

O local do confronto é próximo à prefeitura da Cidade Universitária e do Hospital Universitário da USP. A Rua Baltazar Rabelo abrigou um dos maiores confrontos.

Rojões foram atirados pelos civis em direção à polícia, aos bombeiros e também aos veículos de imprensa que acompanhavam o evento. Os oficiais pediram para jornalistas ficarem a um raio de 1 quilômetro dos acontecimentos. Tiros de verdade foram ouvidos pela reportagem.

Às 10h30, a situação se acalmou. 41 policiais da tropa de choque foram destacados.

Por volta das 11h30, a Polícia Militar já havia entrado na favela de São Remo. Então, apenas fogos de artifício eram ouvidos, diferente dos tiros de antes. Neste momento, homens mascarados jogaram pedras em uma guarita da segurança privada da Universidade de São Paulo. Os criminosos jogaram álcool no local e atiraram rojões, mas não conseguiram atear fogo na base. Veja na foto abaixo do repórter Jovem Pan Victor LaRegina.

A USP também esclarece que o terreno centro da disputa pertence à instituição e diz em nota oficial: “Essa ação se coaduna com a responsabilidade de manter a integridade dos espaços que compõem o patrimônio da universidade, incluindo a área desocupada necessária para as suas atividades”.

(Imagem do texto: Folhapress)

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.