Após tumulto na Câmara, PT e Holiday trocam pedidos de cassação

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/02/2017 19h27
Divulgação/PT Vereadora Juliana Cardoso (PT) - Div.

Depois do tumulto envolvendo a petista Juliana Cardoso e o democrata Fernando Holiday no plenário da Câmara Municipal na última sexta-feira, 10, o coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL) e a bancada do PT trocaram pedidos de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar.

Os dois pedidos foram protocolados nesta semana na Corregedoria do Legislativo e a admissibilidade de ambos precisa ser aprovada por maioria qualificada (37 votos) no plenário da Casa para que seja aberto um processo interno para apurar a conduta dos vereadores.

Na última sexta-feira, Juliana interrompeu a sessão e acusou assessores de Holiday de invadirem e agredirem assessores petistas dentro do gabinete da liderança do partido, no 6º andar. A petista foi aos gritos na direção do democrata e foi contida por outros vereadores.

Depois da confusão, o coordenador do MBL deu uma outra versão dos fatos, dizendo que foi um parceiro do movimento, o youtuber Arthur Moledo do Val, quem foi agredido pelos petistas e que um de seus assessores apenas o acompanhava. As trocas de acusações se proliferaram nas redes sociais.

Oficialmente, a Câmara informou apenas que “duas pessoas adentraram uma reunião privada do PT sem a devida autorização” e que “a apuração inicial da PM disse que não houve agressão física” mas que todos os envolvidos seriam ouvidos. “A presidência da Câmara tomará todas as medidas necessárias para resolver o lamentável ocorrido”.

Fla x Flu

No pedido de cassação de Juliana Cardoso, protocolado na última segunda-feira, 13, Holiday afirma que a petista fez “ofensas verbais” a ele com “adjetivos indecorosos” e que “tentou agredi-lo fisicamente”, conseguindo “empurrá-lo”.

Na quarta-feira, 15, o líder do PT na Câmara, Antonio Donato, protocolou em nome da bancada do partido o pedido de cassação de Holiday afirmando que um assessor e uma pessoa ligada ao mandato do democrata “invadiram uma atividade na sala de reuniões da Liderança do PT” e que o próprio vereador “tem usado a estrutura do Poder Legislativo para ofender e caluniar o Partido dos Trabalhadores, seus parlamentares e a militância petista”.

Em nota, a assessoria de Holiday afirma que “a denúncia apresentada por toda a bancada do Partido dos Trabalhadores, por não possuir base que a justifique, parece-nos uma forma de abafar o nosso pedido e retaliar ao vereador Fernando Holiday que, além deste pedido de cassação, liderou manifestações em prol do processo de impeachment da ex-presidente Dilma”.

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