Bomba é detonada por robô na Avenida Paulista, liberada após mais de uma hora
A Avenida Paulista, que ficou interditada nos dois sentidos das 10h às 11h10 na manhã desta segunda-feira (05) por uma ameaça de bomba, teve o tráfego liberado após o desarme do objeto. Um artefato explosivo abandonado em mochila ao lado de um ponto de táxi em uma rua transversal foi explodido com sucesso.
Para a ação, foi utilizado um robô especial do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais da PM-SP), que já havia realizado o raio-x da mochila e encontrado um cilindro com gás de 5kg dentro. A mala estava acloplada a um pequeno botijão de gás por meios de fios e um relógio. O major Iron Ferreira, do esquadrão antibombas que acompanhou a operação, ressaltou que a explosão do artefato poderia causar ferimentos graves em eventuais transeuntes, caso o local não tivesse sido interditado.
O major elucida ainda que tratava-se de um botijão de gás que liberava aos poucos o gás, cujo mecanismo de acionamento da explosão ainda não foi totalmente decifrado. Ele diz que está analisando a intenção do indivíduo que abandonou a mochila. “Não sei o que a pessoa quis com isso”. Mas alerta que provavelmente o “intuito era alguém acender um cigarro (detonar a explosão pelo gás) e causar a lesão”, disse. “Ou poderia sair um fogo que queimasse o cidadão”, completou. Pelo tamanho da bolsa, no entanto, “não seria uma grande proporção de danos”, ressalta. O objetivo seria, portanto, atingir pedestres.
O local da ameaça de bomba fica na altura do cruzamento da Av. Paulista com a Rua Leôncio de Carvalho, onde se encontra o Itaú Cultural, em frente ao Hospital Santa Catarina. Uma mochila suspeita ligada a um relógio foi deixada no ponto de táxi na rua que cruza a Paulista na altura do número 149 da avenida.
O major Iron Ferreira explica que foram usados todos os recursos disponíveis, como o robô, um explosivista com a roupa anti-estilhaços, e um telescópio de raio-x.
Ele informou ainda que não foi necessário evacuar os prédios da região, pelo tamanho da mochila encontrada. Funcionários do Instituto Itaú Cultural e de prédio ao lado, porém, decidiram deixar o local e acompanhar o trabalho dos especialistas do outro lado da avenida, junto ao hospital.
Avenida Paulista vazia durante interdição
Interdição provocou fila de carros na manhã desta segunda
(Fotos do texto: Renata Perobelli e Bárbara Dantine/JP)
Atualização às 11h37 para correção da função do major entrevistado
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