Construtoras e MP-SP se aproximam de acordo em favor do Parque Augusta

  • Por Jovem Pan
  • 16/03/2015 10h57

J.Duran Machfee/Folhapress

Manifestantes protestam na região central de SP pela criação do Parque Augusta em terreno reintegrado

Construtoras e Ministério Público se aproximam de acordo para que a área do Parque Augusta seja adquirida pela Prefeitura de São Paulo.

As empresas Setin e Cyrela pediram um prazo de duas semanas para tomar uma decisão, mas admitem que a venda está próxima de ser realizada.

Em 2013, o prefeito Fernando Haddad decretou a criação do parque, mas a falta de dinheiro emperrou o projeto, e a construção dos prédios foi aprovada.

Um dos defensores da causa, o vereador Gilberto Natalini (PV), adianta que a venda deve mesmo acontecer e explica o plano de utilização do espaço.

Diz o vereador: “O projeto já existe por nossas mãos porque nós temos uma lei aprovada, sancionada. Se o prefeito obedecer a lei, que é obrigação dele, o projeto está pronto”. E explica: “É um parque público, aberto ao público, com metade dele sendo um bosque bonito, e outra metade pode ser feito ali equipamentos de convívio, a que as pessoas já levam suas famílias, ali é bem frequentado”

O terreno na região central de São Paulo foi adquirido pelas construtoras por R$ 64 milhões e deve ser vendido à Prefeitura por cerca de R$ 70 milhões.

Mas o valor de venda é controverso, como aponta, em entrevista a Victor La Regina, o arquiteto e urbanista Augusto Aneas.

“Embora esse valor apareça na matrícula, a gente está investigando o que de fato foi pago pela incorporadora por esse lote da frente na verdade não teria sido R$27 milhões, foi R$ 4 milhões”, disse. “Então existe aí um debate sobre esses valores e todas essas novas evidências, que mostram que é possível que a prefeitura de São Paulo e o ministério público desapropiem essa área por um valor muito mais baixo do que eles estão pedindo”, avaliou.

O dinheiro para a compra do terreno foi repatriado por dois bancos estrangeiros envolvidos em desvio de verbas da gestão Paulo Maluf.

O Ministério Público ameaçou as construtoras advertindo que as árvores do local são tombadas e os prédios não estariam em consonância com a matrícula.

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