Desemprego fica estável em 18,6% na região metropolitana de São Paulo

  • Por Agência Brasil
  • 31/05/2017 14h57
Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas Carteira de Trabalho Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas desemprego

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou estável ao passar de 18,5% em março para 18,6% em abril, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) feita mensalmente pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada hoje (31), na capital paulista.

Segundo os dados, o contingente de desempregados foi calculado em 2,088 mil pessoas, 22 mil a mais do que no mês anterior. O número é decorrente do crescimento do nível de ocupação, com a geração de 37 mil postos de trabalho (0,4%), insuficiente para absorver o aumento da População Economicamente Ativa (PEA), em 59 mil pessoas, o que equivale a 0,5%.

Os dados mostram que, em abril, o nível de ocupação cresceu 0,4% e o contingente de ocupados foi estimado em 9.139 mil pessoas. O resultado ocorreu em função do aumento de empregados no setor de serviços (1,1%, com geração de 59 mil postos de trabalho), na indústria de transformação (3,3%, o que equivale a 42 mil postos de trabalho a mais), na construção (3,4%, com mais 20 mil postos de trabalho). No comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas houve queda de 4,8% com a eliminação 84 mil postos de trabalho.

A pesquisa mostrou ainda que o número de assalariados aumentou em 0,4%. No setor privado houve aumento do assalariamento sem carteira assinada (0,4%) e ficou estável o número de assalariados com carteira. O contingente de empregados domésticos aumentou 2,1% e o de autônomos em 1,6%. De acordo com a PED, entre fevereiro e março, o rendimento médio real dos ocupados caiu 2,2%, passando a equivaler a R$ 1.931,00 e o rendimento dos assalariados caiu 1,3%, equivalendo a R$ 1.992,00.

O responsável pela pesquisa no Dieese, César Andaku, explicou que a estabilidade da taxa de desemprego, de certa forma pode ser creditada a um efeito sazonal do segundo trimestre, que tende a estabilizar, conforme foi visto nos anos anteriores, apesar da crise. “Quando analisamos os setores, já esperávamos uma redução no comércio, movimento típico para o período, e os outros setores muito voláteis. Alguns melhoram e no mês seguinte pioram, um claro efeito da crise e da instabilidade”.

Quando analisados os últimos 12 meses, a taxa de desemprego na região metropolitana da cidade, em abril deste ano, foi maior do que a verificada em abril do ano passado (16,8%). O contingente de desempregados aumentou em 220 mil pessoas, devido à eliminação de 113 mil postos de trabalho (-1,2%) e ao aumento da força de trabalho da região, com a entrada de 107 mil pessoas no mercado de trabalho (1,0%).

Segundo os dados, em relação a julho do ano passado, o nível de ocupação diminuiu 1,2%, em função das reduções na indústria de transformação (menos 63 mil postos ou -4,6%), nos serviços (menos 49 mil postos de trabalho, ou -0,9%) e na construção (-17 mil, ou -2,7%). Com relação ao comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, houve geração de 35 mil postos de trabalho, ou mais 2,2%.

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