Escola depredada em Osasco adia volta às aulas; autoria de crime é desconhecida

  • Por Jovem Pan
  • 01/12/2015 14h20
Carolina Ercolin/ Jovem Pan Escola Coronel Antônio Paiva de Sampaio é alvo de depredação

Um dia após escola de Osasco ter sido depredada, ainda não previsão para o retorno do ano letivo. A volta às aulas na Escola Coronel Antônio Paiva de Sampaio, desocupada na tarde de segunda (30), estava prevista para esta terça (1º), com uma reunião entre pais de alunos e professores, mas foi suspensa devido ao estado de destruição encontrado.

A diretoria de Ensino planeja a reposição de aulas para compensar os 15 dias em que a escola esteve ocupada por manifestantes contrários à reorganização de escolas e alunos determinada pelo governo do Estado. As mudanças, que abrigarão alunos em escolas de ciclo único e prevê a desativação de 93 unidades, foi assinada nesta terça pelo governo Alckmin. Segundo a CUT, a quem o sindicato dos professores é filiado, já são 225 escolas ocupadas em todo estado. Na segunda, a Secretaria Estadual confirmava 190 instituições tomadas por alunos e simpatizantes do movimento.

Ainda não se sabe quem praticou o vandalismo. Representates da diretoria de ensino não conseguem apontar os responsáveis pela depradação. A polícia investiga. Segundo a Apeoesp, o sindicato dos professores do Estado, os estudantes que participam das ocupações vêm sendo alvos de ataques de grupos desconhecidos, diz a Agência Brasil.

Depredação

Computadores, armários, carteiras e mesas foram revirados. O arquivo da escola e o histórico de dezenas de alunos foram tirados do lugar, amassados ou rasgados. Uma sala da coordenação da escola também teve objetos destruídos. DVDs, CDs e materiais didáticos ficaram espalhados pelo chão, as cortinas foram tingidas de verde e os armários, arrombados. Pratos, vidros e copos estavam espalhados pelo chão do refeitório. Parte da biblioteca foi incendiada.

Veja no vídeo abaixo:

Relato

A supervisora de ensino Silvia Cristina de Araújo faz o relato oficial da desocupação.

“Estivemos aqui ontem (segunda) às 10h da manhã para tentar conversar com os alunos, tentar o diálogo, e não fomos atendidos. Eles não apresentaram nenhuma proposta para a Diretoria de Ensino. Eles não quiseram o diálogo conosco no dia de ontem”, afirmou. A tentativa de negociação se deu com quatro alunos da ocupação no lado de fora da escola

Araújo disse que a situação dentro da escola, a quantidade de pessoas que faziam parte da ocupação e “quem estava aqui” era desconhecida. “Não tínhamos como saber”.

A supervisora diz que a Diretoria de Ensino foi contactada pela polícia mais tarde, por volta das 18h, informando que havia “barulho e tumulto” na escola. A Diretoria Regional se deslocou ao local, junto a representantes da Secretaria da Educação, a diretora e um professor da escola, que conversaram com estudantes, convencendo-os da desocupação.

Com informações e vídeo da repórter Jovem Pan Carolina Ercolin.

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