Especialista defende maior integração das polícias para conter roubos a bancos em SP

  • Por Jovem Pan
  • 27/07/2015 16h00
SP - ASSALTO/BANCO/REFÉNS/SP - GERAL - Quatro homens armados tentam assaltar uma agência bancária na tarde desta terça-feira, 22, na Rua Alfredo Zumkeller, na altura do número 487, no Parque Mandaqui, na zona norte de São Paulo. Informações preliminares apontam que 10 pessoas (entre clientes e funcionários do banco Itaú) são feitas reféns pelo bando. Ainda não há informações sobre feridos. Às 17h30, a polícia ainda estava na região. Dois helicópteros Águia, da PM, e uma aeronave Pelicano, da Polícia Civil, foram enviados ao local. O Corpo de Bombeiros também foi acionado. 22/06/2010 - Foto: GRIZAR JUNIOR/AE/AE AE Assalto a banco na Zona Norte da capital paulista

Indicadores da segurança em São Paulo têm queda no geral no primeiro semestre, mas roubos a banco crescem no Estado e na capital paulista.

Foram registrados 47 casos do gênero nos seis primeiros meses do ano na capital, contra 38 no mesmo período de 2014. Uma elevação de 23%; no Estado a alta foi de 2,25%, com 91 ocorrências contra 89.

O secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, afirmou que nos últimos meses o indicador apresentou queda. “Mês passado, na capital, maio, não teve alteração, mês de junho foi um único caso a mais. Algumas quadrilhas foram presas, outras que não foram, a migração, já estancado esse problema em maio, com um único caso a mais em junho”, explicou.

Desde fevereiro, a Secretaria têm apresentado medidas junto à Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, para tentar coibir esse tipo de crime.

Membro do Fórum Brasileiro de Segurança e professor da Fundação Getúlio Vargas, Renato Sérgio de Lima, disse que é preciso integrar mais as polícias. “O roubo a banco é um tipo de crime que exige bastante organização e o Estado e as polícias precisam reforçar sua capacidade de investigação e esclarecimento de crimes”.

Os roubos e furtos em geral, categorias que incluem telefones celulares, apresentaram quedas tanto no Estado como na capital paulista. “Esse é um grande gargalo da segurança pública brasileira. Precisamos integrar o trabalho da Polícia Civil e Militar”, defendeu Lima.

Alexandre de Moraes negou que este recuo nas estatísticas tenha ocorrido por dificuldades no registro desse tipo de ocorrência nas delegacias. “Várias pessoas que nem saiam que poderiam bloquear isso, passaram a procurar a delegacia eletrônica, a delegacia física. Então, apesar da queda no semestre, de roubos e furtos no geral. Roubos e furtos de celulares aumentaram em 3,23%, ou seja, aumentou a notificação”, disse.

A Secretaria da Segurança já havia realizado parte da divulgação dos indicadores na semana passada. No primeiro semestre de 2015 houve queda nos homicídios e aumento nos roubos de carga na comparação com o ano passado.

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