Ex-médico Abdelmassih acredita que vai obter liberdade, diz diretor da Deatur

  • Por Jovem Pan
  • 23/08/2014 09h16
SÃO PAULO, SP, 20.08.2014: ROGER ABDELMASSIH - O ex-médico Roger Abdelmassih é conduzido por policiais civis após chegar no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Abdelmassih foi condenado em 2010 a 278 anos de prisão por 48 estupros cometidos contra 37 mulheres. Ele estava foragido desde janeiro de 2011 e liderava a lista de procurados da Secretaria da Segurança de Pública de São Paulo. O ex-médico foi preso em Assunção, capital paraguaia, na terça-feira (19). (Foto: Nelson Antoine/Frame/Folhapress) Nelson Antoine/Frame/Folhapress Roger Abdelmassih é escoltado por polícias em Congonhas

O ex-médico Roger Abdelmassih foi preso em Assunção, no Paraguai, no último dia 19 de agosto. Ele estava em uma mansão com a mulher e os filhos, mas acabou sendo capturado pela polícia brasileira. Em entrevista exclusiva à JOVEM PAN, o diretor da Divisão Especial de Atendimento ao Turista (Deatur) de São Paulo, Osvaldo Nico, disse que a prisão ocorreu após um trabalho grande e em conjunto.

“Foi um trabalho grande da Polícia Civil, o pessoal de Avaré, o Ministério Público através do Gaeco, que conseguiu informações que também proporcionou que a Polícia Federal e a Interpol conseguisse a prisão dele lá, aonde ele foi preso, em Assunção. Então, é um trabalho de dois anos de investigação, a pessoa que tem dinheiro é difícil você conseguir pegar porque a pessoa consegue se esconder bem, enfim, foi um trabalho em conjunto entre o Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Federal”, disse Nico.

Segundo o diretor, o ex-médico chegou em São Paulo “meio dono de si”, achando que estava sendo cometida uma injustiça contra ele e só fraquejou quando lembrou dos filhos.

“Ele lembrou dos filhos, os gêmeos, que têm três anos, começou a chorar, que não merecia isso. Enfim, ele confia nos seus advogados, que ele vai obter liberdade, fez algumas comparações com outras pessoas que foram soltas… enfim, no caminho, ele disse que foram os piores quatro meses da vida dele quando ele esteve já nesse presídio. Ele passou mal durante a viagem, ele vomitou (…) e quando ele chegou próximo ao presídio é que ele começou a cair na real”, contou.

O diretor do Deatur falou ainda que está sendo investigada a participação de outras pessoas na ajuda ao ex-médico para se esconder durante esses três anos. Confira no áudio acima a entrevista completa de Osvaldo Nico.

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