Grupo que faz protesto por moradia é recebido pela Prefeitura de São Paulo

  • Por Estadão Conteúdo
  • 23/05/2016 16h05
SP - PROTESTO/MORADIA - GERAL - Manifestantes ligados a um grupo de sem-terra protestam por moradia no Viaduto do Chá, no centro da cidade de São Paulo, na manhã desta segunda- feira, 23. O Viaduto do Chá está interditado nos dois sentidos. 23/05/2016 - Foto: DARIO OLIVEIRA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Dario Oliveira/Estadão Conteúdo Grupo que faz protesto por moradia é recebido pela Prefeitura de São Paulo - AE

Cerca de 400 pessoas da Associação dos Trabalhadores Sem Terra de São Paulo protestaram em frente à Prefeitura, no Viaduto do Chá, na região central da capital paulista, desde as 8 horas desta segunda-feira, 23. O grupo se concentrou na Praça da República por volta das 5 horas e caminhou até a sede da administração municipal. Eles pedem a liberação da Prefeitura para a construção de casas em duas áreas da zona norte da capital.

Às 9 horas, uma comissão de oito pessoas subiu para se reunir com a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT). Os associados solicitam que o petista autorize a construção de moradias para 5 mil famílias em cinco glebas, entre elas um terreno na Estrada de Pinheiro, no bairro Sol Nascente, em Perus, na Estrada Chica Luiza, na região do bairro Jardim Rosinha, e no quilômetro 24 da Rodovia Anhanguera, no Jaraguá. Segundo o movimento, as conversas com Haddad se iniciaram em 2013.

O Viaduto do Chá foi tomado pelos manifestantes e, bloqueado pela Companhia de Engenharia do Tráfego (CET). Duas viaturas da Guarda Civil Metropolitana (GCM) foram posicionadas diante da sede da Prefeitura, que teve os portões da entrada principal fechados. O viaduto foi liberado por volta das 11 horas.

A reunião terminou por volta das 10h50. Os representantes dos sem-teto foram recebidos pelo secretário municipal de Relações Governamentais, José Américo. A Prefeitura agendou um novo encontro com a associação para esta terça-feira, 24. A reunião incluirá técnicos da Secretaria de Habitação, que vão avaliar a documentação para liberar as construções.

A diarista Maria de Lourdes de Moura, de 43 anos, disse que avisou na semana passada que faltaria o serviço para participar do ato. “Estamos perdendo serviço hoje para reivindicar pelo nosso terreno. Paguei R$ 5 mil pelo meu lote e estou esperando há oito anos para poder construir minha casa”, afirmou. 

Já a espera da farmacêutica Renata Esteves, de 29, chega a dez anos. “Não estamos pedindo casa, nem dinheiro. Só queremos a liberação para poder construir”, disse. 

O grupo pôs uma caixa com 40 mil cartas de associados, segundo os organizadores, pedindo a liberação das áreas.

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