Ministro da Saúde diz não ter críticas sobre ações na Cracolândia

  • Por Jovem Pan
  • 25/05/2017 06h49
Brasília- O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participa da 25ª Reunião de avaliação do Programa Nacional de Controle da Malária e da 8ª reunião de apoiadores municipais para controle da malária (Elza Fiuza/Agência Brasil) Elza Fiúza/Agência Brasil - 17/05/16 Ministro da Saúde

Na Suíça, o ministro da Saúde Ricardo Barros disse que não reprova a ação realizada na Cracolândia pela Prefeitura e pelo Governo de São Paulo.

Na avaliação de Barros, que participou da Assembleia Mundial da Saúde nesta quarta-feira (24), é prerrogativa de cada município adotar medidas combativas ao tratamento de dependentes, desde que previstas nas diretrizes do ministério. “Eu não tenho críticas a fazer à operação feita na Cracolândia. Acho que foi medida necessária e esperamos que surta os efeitos adequados”, disse.

Em Genebra, Ricardo Barros anunciou a adoção de uso preventivo de pílula anti-HIV para grupos de risco pelo SUS.

A profilaxia pré-exposição, a PREP, é um tratamento. Um comprimido de uso diário que pessoas mais expostas ao risco de infecção tomam para evitar ser contaminadas pela AIDS. Principalmente profissionais do sexo, casais onde uma das pessoas é soropositivo, trans e homens que fazem sexo com homens.

O Ministério da Saúde calcula que a estratégia será usada por sete mil brasileiros.

O infectologista do Hospital Emilio Ribas, Jean Gorinchteyn, ressaltou o quão arrojada foi a posição do Governo brasileiro ao adotar tal prática, se igualando a de países desenvolvidos.

Dr Jean também destaca que a eficácia do medicamento varia de 43% a 92%. Portanto, a manutenção de outras medidas preventivas é essencial para o sucesso do Truvada: “positiva, uma posição de vanguarda. Países da Europa já o fazem com índice de proteção elevado”.

Desde 2014, a Prep é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para pessoas em risco considerável de se infectar com HIV. O medicamento estará disponível na rede SUS em 6 meses.

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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