Moradores de ocupação da Brasilândia acampam em frente à prefeitura de São Paulo

  • Por Agência Brasil
  • 03/07/2015 15h21
SÃO PAULO,SP,03.07.2015:PROTESTO-SP - Integrantes da Frente de Luta por Moradia (FLM) seguem acampados em frente à Prefeitura de São Paulo (SP), nesta sexta-feira (03), Os manifestantes aguardam uma conversa com o prefeito Fernando Haddad em busca de uma solução para os desalojados da desocupação que ocorreu no bairro da Brasilândia, na zona norte, no último dia 16 de junho. (Foto: Newton Menezes/Futura Press/Folhapress) Folhapress FLM acampa em frente à Prefeitura em protesto nesta sexta (03)

Moradores de uma ocupação localizada na Rua Augusto do Amaral, Brasilândia, zona norte da capital paulista, estão desde a noite de ontem (2) acampados em frente ao prédio da prefeitura como forma de protesto contra a retirada das pessoas do local. O espaço foi ocupado em abril de 2014 por integrantes do movimento Frente de Luta por Moradia (FLM). Os moradores construíram pelo menos 300 barracos de madeira e dez casas de alvenaria, onde vivem 450 famílias, totalizando 800 pessoas.

De acordo com a representante do grupo, Geni Monteiro, a prefeitura tentou retirar os ocupantes da área no último dia 16, mas devido à dificuldade dos moradores em irem para outras moradias, a reintegração de posse foi adiada. Como o terreno pertence à Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab), o grupo espera conseguir conversar com algum representante da administração municipal.

“Nós não esperávamos a reintegração de posse, eles avisaram em cima da hora e não deram atendimento para as famílias, tirando todos os direitos das pessoas que moram lá e das crianças que estudam em escolas da redondeza. Devido a uma liminar conseguimos permanecer no terreno por mais algum tempo, mas estamos com nova reintegração de posse marcada para dia 24”, explicou.

Segundo ela, a ideia é a de que a Prefeitura dê alguma opção para as famílias e adiem a reintegração de posse por mais algum tempo.

A prefeitura informou que mantém canal de diálogo com todos os que reivindicam audiências e que deve receber um grupo ao longo da tarde. A representante do grupo, no entanto, informou que a promessa de uma reunião foi condicionada ao desmonte do acampamento. Os manifestantes dizem que vão continuar acampados até serem recebidos.

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