Mortes no trânsito da cidade de São Paulo sobem pela 1ª vez no ano

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/10/2016 13h11
São Paulo- SP- Brasil- 18/09/2015- Sinalização de placas de trânsito informam a nova velocidade máxima (50 km/h), na avenida São Joaquim, no bairro da Liberdade, na altura da estação São Joaquim do metrô. Foto: Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas Oswaldo Corneti / Fotos Públicas VUC

Pela primeira vez no ano, o número de mortos no trânsito da capital paulista aumentou em relação ao mesmo mês de 2015. Em agosto, 103 vítimas morreram, o que fez a quantidade de óbitos atingir o maior patamar dos últimos 14 meses. Os dados são do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga).

Em agosto do ano passado, foram 90 mortes no trânsito da cidade. Apesar do aumento de 14,4% no mês, o número de vítimas no ano diminuiu 16,7% na capital, de 775 nos oito primeiros meses de 2015 para 645 ocorrências no mesmo período de 2016.

No Estado, levando em consideração os 645 municípios paulistas, houve redução de 5,4% na quantidade de mortes em agosto – foram 490 ante 518 em 2015. No ano, a diminuição é de 5,5%, de 4.093 para 3.867 óbitos.

A queda mais acentuada na redução de mortes no trânsito é resultado direto, para especialistas, das políticas de redução dos limites de velocidade na capital. O prefeito eleito, João Doria (PSDB), havia prometido durante a campanha rever a medida, mas depois admitiu que poderá manter o limite de 50 km/h em alguns pontos da pista local das Marginais.

Infosiga

Produzido pela consultoria Instituto Falconi e pelo Centro de Liderança Pública (CLP), o Infosiga é uma parceria da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) com empresas do setor privado, como Ambev (bebidas), Abraciclo (que reúne fabricantes de motos), bancos e seguradoras.

Os dados do Infosiga são coletados a partir de informações dos boletins de ocorrência registrados pela Polícia Civil, quando há óbitos no local do acidente ou quando a morte acontece no hospital.

Segundo Alvaro Guzella, consultor do Instituto Falconi, com base no registro há um mapeamento. “As informações do registro trazem dados sobre o local do acidente. O que fazemos é detalhar essas informações. Se era um pedestre, condutor do veículo, motociclista. E vamos até o local onde as mortes aconteceram”, afirma.

Para evitar retificações, ainda segundo Guzella, o acidente entra na estatística a partir da data da morte – não da data do evento. Assim, caso um acidente tenha resultado em três feridos, com cada um deles morrendo após períodos diferentes de internação, para os registros serão três casos de morte distintos, mesmo que resultado de um único incidente.

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