Movimento Passe Livre faz sexta manifestação contra aumento da tarifa em SP

  • Por Agência Brasil
  • 29/01/2015 19h09
Silvio Luiz / Jovem Pan Segundo a Polícia Militar

Após mais de três horas de passeata, a manifestação convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL) na capital paulista terminou por volta das 21h30 desta quinta (29) no Monumento às Bandeiras, em frente ao Parque Ibirapuera e ao lado da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Segundo cálculo do movimento, quase 10 mil pessoas participaram do ato. De acordo com a Polícia Militar (PM), porém, foram mil manifestantes, acompanhados por um efetivo de 800 policiais.

A passeata começou por volta das 18h20 no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, e seguiu até a residência do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, na região do Paraíso. Os manifestantes levantaram uma catraca de ônibus e fizeram um jogral em frente ao prédio. Entre outras palavras de ordem, os ativistas gritaram “Agora é de três para baixo”, em referência ao preço das passagens; e “Ei, Haddad, vai pegar busão”.

A passeata continuou, acompanhada de forte efetivo da polícia, e tomou todas as faixas da Avenida 23 de Maio, no sentido do Aeroporto de Congonhas. Depois seguiu para a Alesp e terminou no Monumento às Bandeiras. A PM disse que houve pichação no local e prendeu dois manifestantes que estavam com “bolas de gude e latas de spray”. Eles foram encaminhados para o 78º Distrito Policial.

Essa foi a sexta manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público (trem, metrô e ônibus) em São Paulo convocada pelo MPL. O movimento pressiona prefeitura e estado a adotarem o transporte coletivo gratuito para todas as pessoas.

Comunicado

“Agora é de três para baixo” é a frase estampada nas faixas do movimento, que pressiona prefeitura e estado a adotarem o transporte coletivo gratuito para todas as pessoas.

“O prefeito Haddad e o governador Alckmin decretaram mais um aumento das tarifas. Deslocar-se pela cidade, algo pelo qual não deveríamos ter que pagar nada, passa a custar R$ 3,50 – e para quem pega metrô e ônibus, vai para R$ 5,45. Nas linhas do Emtu [Empresa Metropolitana de Transporte Urbano], o aumento de 16% leva a tarifas estratosféricas”, informa, em nota, o movimento.

A concentração da manifestação de hoje ocorreu no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Os ativistas saíram em passeata às 18h20 com destino à casa do prefeito Fernando Haddad, na região da Avenida Paulista. Depois, a marcha seguirá para a Avenida 23 de Maio e se encerrará próximo à Assembleia Legislativa.

Antes de começar o protesto, o MPL fez uma assembleia para decidir o trajeto.

A polícia não permitiu, nas manifestações anteriores, que a marcha passasse pela Avenida Paulista em razão da construção de uma ciclovia no local. Segundo a PM, os tapumes, pedras e demais materias utilizados na obra podem representar risco em um eventual conflito. Segundo a polícia, cerca de 700 pessoas participam do protesto.

A última manifestação do MPL, na terça-feira (27), terminou de forma pacífica. No entanto, após a dispersão do ato, bombas de gás lacrimogênio foram lançadas pela PM dentro da Estação Faria Lima do metrô. Passageiros, inclusive crianças, foram atingidas e precisaram ser atendidas pelo serviço médico do metrô. Na correria, vidraças foram quebradas. A polícia alegou que havia pessoas com a intenção de pular a catraca e impedindo a passagem de outros passageiros. A ação da polícia interditou a estação por quase uma hora.

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