“Não quer ter problema, não vem ser prefeito de São Paulo”, diz Matarazzo

  • Por Jovem Pan
  • 06/11/2015 14h15

Andrea Matarazzo no Pânico

Bruna Piva / Jovem Pan Andrea Matarazzo no Pânico

Nesta sexta-feira (6), o vereador Andrea Matarazzo, de oposição à festão do prefeito Fernando Haddad, participou do Pânico e, por lá, falou e alguns problemas da cidade de São Paulo. O político, que fez questão de destacar que seu posicionamento não é contrário à pessoa do prefeito da capital paulistana, ainda avisou: “quem não quer problema não vem ser prefeito da cidade de São Paulo”.

“Sou oposição à gestão do Haddad, não à pessoa dele, logicamente. Ele era um prefeito que não conhecia a cidade e se deixou levar por um programa pouco realista”, destaca Matarazzo. “Conhecendo, você tem sensibilidade para saber o que é possível o que não é possível. Eu sei que se você prometer certas coisas não vai conseguir cumprir, porque o processo burocrático é lento”.

“Muita gente compara São Paulo a Nova York e tem nada a ver. Ou não conhece São Paulo ou não conhece Nova York”, afirma o vereador. “Cada uma tem suas especificidades. Primeiro é a saúde, que é dramática. Tem dinheiro, é gestão e logística”.

“Quando você vai para a periferia, você percebe que o poder público parou no século XIX. Passa quatro horas no transporte público e trabalha oito horas, vai cuidar do filho que horas? Dar carinho, ter lazer. Com prioridade você resolve as coisas. Sem segundo, descentralização da administração, é ouvir a população. Se te pede para atravessar o rio, não precisa fazer ponte estaiada. Pode fazer um ponte que resolva o problema e não gaste todo o recurso, para redirecionar”.

O vereador do PSDB, por outro lado, destaca acreditar que Haddad é um prefeito bem intencionado. “O cargo de prefeito é 24 horas por dia, ser dono de casa, de uma enorme casa. É um exercício de humildade, porque quem conhece os problemas de uma cidade é quem mora e trabalha nessa cidade”.

“Quando você tira o traficante de lá, você faz aquelas pessoas se dispersarem. Agora, no programa ‘De Braços Abertos’, você dá dinheiro e o cara fica lá. Você quer pagar hospedagem para o cara se tratando, ótimo, mas hospeda o cara longe do vício. Arruma um trabalho longe do vício. É querer curar alcoolismo dentro do bar”, critica o vereador.

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