“Nós estamos banalizando a morte”, diz presidente de associação de moradores do Morumbi sobre onda de violência

  • Por Jovem Pan
  • 30/03/2015 22h15
SÃO PAULO, SP, 30.03.2015: PROTESTO-SP - Manifestantes interditam na noite desta segunda-feira (30) os dois sentidos da avenida Giovanni Gronchi, na zona sul da capital. O protesto é por mais moradias e os manifestantes entraram em confronto com a a Policia Militar que está no local. (Foto: Marco Ambrosio/Folhapress) Marco Ambrosio/Folhapress Manifestantes interditam na noite desta segunda-feira (30) os dois sentidos da avenida Giovanni Gronchi

Em entrevista a Izilda Alves, o presidente da Associação de Moradores do Morumbi e Vila Suzana, Jorge Eduardo de Souza comentou sobre os casos de violência que vêm atingindo a região sul da cidade de São Paulo, em especial a região do Morumbi.

“Eu tenho estado muito preocupado com a forma que se tem manifestado esses focos de violência no bairro”, relatou. Souza acredita que deve existir o direito das pessoas de se manifestarem, mas com plataformas bem definidas, divulgação prévia, até proteção das pessoas pela polícia. “Tem que ter ordem. Está na hora do povo se manifestar com muita força contra essa falta de ordem que estamos enfrentando no nosso país”.

Sobre as ondas de assaltos e sequestros no bairro do Morumbi, o presidente da Samovis relatou que a região é rota de fuga das comunidades e que dentro delas, as pessoas vivem sob as leis dos bandidos.

Os crimes que se repetem têm sido as abordagens em assaltos a carros. São adolescentes batendo nos vidros com armas nas mãos. Abordagens de pessoas em pontos de ônibus também são normais. “Não há capacidade da polícia de cobrir todos esses pontos”, disse.

“Eu já fui assaltado diversas vezes aqui no bairro. Estamos à mercê das pessoas em uma avenida aberta. Eles não têm medo de hora nenhuma, de dia nenhum. Quando eles precisam de dinheiro assaltam”, desabafou.

“Nós estamos banalizando a morte. Eu sou contra a pessoa atropelar o direito do próximo”, disse.

Souza disse que tem que exigir soluções do meio de Governo para que a segurança aconteça, caso contrário, casos de mortes e mais assaltos devem continuar a acontecer.

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