Pais de estudante Victor Hugo oferecem R$ 10 mil para quem ajudar a esclarecer o caso

  • Por Jovem Pan
  • 26/09/2014 17h28

Os pais do estudante Victor Hugo Santos afirmaram na tarde desta sexta-feira que vão oferecer uma recompensa de R$ 10 mil para quem dar informações precisas e concretas para o esclarecimento do caso.

O corpo do estudante foi retirado da raia olímpica da Universidade de São Paulo na manhã da última terça-feira. Ele estava desaparecido desde à madrugada do último sábado, quando compareceu a uma festa do grêmio politécnico, que foi realizada dentro do velódromo.

O advogado que representa os pais de Victor, Ademar Gomes, afirmou também que deve acionar civelmente a universidade, o grêmio politécnico e também a empresa de segurança para tentar alguma compensação por crer que elas têm responsabilidade nesse caso. Ele falou ainda que a página que se chama “Victor Hugo mistério” no Facebook deve reunir informações e essas serão repassadas à polícia.

“Essa divulgação em redes sociais é para que as pessoas que saibam de alguma coisa, elas podem, com segurança, passar para nós, que a minha equipe vai investigar. Antes de levar para a polícia. Nós não vamos atrapalhar a investigação da polícia”, disse o advogado.

O bancário José Marques do Santos, pai de Victor Hugo, falou das más condições que ele encontrou no velódromo, já que ele esteve nas dependências da universidade no sábado e domingo a procura de informações sobre o filho.

“Tem uma marquize lá em cima, que no dia seguinte eu fui lá, que a gente sobe a escada e tem acesso à marquize. Uma criança pode subir, eu digo criança, o meu filho é uma criança, pode subir em cima de um negócio daquele lá e se atirar lá pra baixo. Não tem segurança nenhuma. Não tinha uma câmera de segurança filmando. Como uma empresa contrata um evento com tanta gente lá dentro sem colocar uma câmera pra filmar as pessoas que estão ali dentro”, contou o pai de Victor.

Os pais do estudante relataram também que concordam com as medidas restritivas tomadas pela escola politécnica e pelo centro de práticas esportivas, que estão proibindo por tempo indeterminado a realização de festas dentro do campus. A podóloga Vilma da Consolação, mãe de Victor, entende que o acontecimento trágico pode servir para mudar o ambiente no local.

“O que me fortalece foi essa medida que tomaram agora, sabe? E que mostrou que não foi em vão”, disse.

As investigações são conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa da Polícia Civil. Até agora, foram ouvidas 16 pessoas e, além da fase testemunhal de depoimentos, a polícia aguarda a emissão de laudos que possa determinar a causa da morte.

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