Pelo menos oito são presos em ato contra Temer em São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2016 08h54
SP - PROTESTO-CONTRA-MICHEL-TEMER - GERAL - Fachada de vidro de concessionárias de carros na Avenida Eusébio Matoso são depredadas durante Protesto contra o presidente do Brasil, Michel Temer em São Paulo (SP), nesta sexta-feira (02). Concentração no Largo da Batata, em Pinheiros. 02/09/2016 - Foto: RONALDO SILVA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO RONALDO SILVA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO AE -Fachada de vidro de concessionárias de carros na Av. Eusébio Matoso são depredadas durante Protesto contra o presidente Michel Temer em

Pelo menos oito* manifestantes foram detidos após ato iniciado no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista, que se dispersou e chegou até a Marginal Pinheiros, via que chegou a ser bloqueada. Os detidos foram levadas para o 14º Distrito Policial, de Pinheiros. Os policiais que fizeram as prisões alegaram dano ao patrimônio público. Apesar do início pacífico da manifestação, concessionárias e pontos de ônibus foram depredados ao final.

Esse foi o quinto protesto seguido contra o governo Michel Temer em São Paulo. O número de participantes do ato não foi divulgado nem pela polícia nem pelos organizadores dos atos.

Os manifestantes se reuniram desde as 18h no Largo da Batata. Eles protestavam pelos direitos dos negros, especialmente das mulheres negras, e pediam a saída do presidente Michel Temer.

Início da confusão

Por volta das 20h, eles ocuparam a Avenida Faria Lima, no sentido Vila Olímpia, e pretendiam seguir até a Praça Benedito Calixto, mas foram impedidos por um cordão da PM, porque, segundo a corporação, o trajeto não havia sido informado formalmente de manéria prévia. Já os manifestantes alegaram que haviam avisado pelas redes sociais e que os soldados tinham conhecimento da existência do ato, pois mantinham forte esquema de segurança no Largo da Batata desde o início da tarde.

Após cerca de meia hora de negociação entre organizadoras do ato e capitães da polícia militar, o impasse não se resolveu. Os policiais queriam, a princípio, que os manifestantes voltassem para o Largo da Batata e, depois, alegaram que só poderiam liberar a passeata após as 21h.

Os manifestantes começaram então a andar no sentido contrário ao cordão de policiais, na Av. Faria Lima, em direção à Rua dos Pinheiros. Os PMs estavam portando bombas de gás e armas com balas de borracha. Rapidamente, motos da PM foram enfileiradas para bloquear novamente os manifestantes, que permaneceram parados, com os braços levantados e gritando palavras de ordem pelo fim da polícia militar e pedindo a saída do presidente Michel Temer.

PMs impedem passagem de manifestação contra Temer na zona oeste de São Paulo (Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)

Por volta das 21h, a organização do ato decidiu cancelar a caminhada, mas alguns manifestantes discordaram. Cerca das 21h20, em meio à dispersão do ato, parte dos manifestantes começou a se encaminhar para a Avenida Cardeal Arcoverde. Sacos de lixo foram espalhados pela via.

Depois, o grupo menor desceu até a Av. Eusébio Matoso. Houve nova dispersão policial e alguns chegaram até a Marginal Pinheiros.

No trajeto, alguns manifestantes atearam fogo em lixo no meio da rua e chegaram a quebrar a vidraça de três concessionárias. Pontos de ônibus também foram depredados. Até as 22h30, o policiamento na região do Largo da Batata era ostensivo, no entanto, o protesto havia terminado.

Objeto em chamas é arremessado durante concentração no Largo da Batata, em Pinheiros (Ronaldo Silva/Estadão Conteúdo)

Com informações complementares da Agência Brasil

*Número de detidos atualizado pela Polícia Militar na manhã deste sábado (03)

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